A virada afetiva do reconhecimento: por uma experiência de autorrealização na formação inicial de professores

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Farias, Juliana Marques de
• Orientador(a): Ourique, Maiane Liana Hatschbach
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação; Formação de professores; Formação humana; Reconhecimento; Esquecimento; Autorrealização; Formação inicial de professores; Initial teacher training; Human formation; Recognition; Forgetting; Self-realization
• Área do conhecimento CNPq: CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10877

A pesquisa vincula-se à Linha de Pesquisa Formação de professores, ensino, processos e práticas educativas do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Tem como objetivo principal compreender os caminhos percorridos pelos licenciandos de um curso de Pedagogia nos seus processos de reconhecimento de si na formação inicial para a docência e a relação desses processos com suas possibilidades de autorrealização. Orienta-se pela seguinte problemática: Como os processos de reconhecimento de si fomentados na formação inicial para a docência contribuem para a autorrealização pessoal e profissional de um professor? Possui uma abordagem hermenêutica reconstrutiva e utilizou um questionário exploratório e rodas de conversa em formato de oficinas como porta de acesso à historicidade dos sujeitos da pesquisa. Através da busca por compreensão dos depoimentos dos estudantes nas oficinas de formação humana, percebe-se as marcas de reconhecimento e de esquecimento de reconhecimento na trajetória dos participantes e as implicações desses vestígios nas possibilidades de autorrealização. Identifica-se o primado das experiências de reconhecimento e a potência das oficinas de formação humana para, convidando ao acesso à historicidade, assegurar condições aos sujeitos de ampliar os horizontes de compreensão de si. Percebe-se também como o esquecimento de reconhecimento limita as condições do sujeito de ocupar seu lugar no mundo. Correlacionam-se as marcas encontradas nos depoimentos dos participantes com a tradição pedagógica na formação de professores para atuar com crianças. A pesquisa tem indícios de que a formação humana subsidia os professores em formação inicial na compreensão de suas emoções e suas relações constitutivas, oferecendo condições de reconstrução de sua historicidade e do significado atribuído para os sofrimentos, traumas e esquecimentos. A partir deste acesso, tais marcas poderão ou não ser reproduzidas na sua forma de colocar-se no mundo e na relação pedagógica. Sinaliza que, atualizando os rastros na própria historicidade, os estudantes podem ter chances de colocarem-se no mundo como esses sujeitos que são fontes de autorrealização e de humanidade, uns para os outros.