Prevalência e fatores associados a prescrição de fórmula infantil para recém-nascidos de baixo risco em um Hospital Amigo da Criança.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bicho, Manoela de Azevedo
Orientador(a): Vaz, Juliana dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8648
Resumo: Além das condições previstas na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), são escassas as informações na literatura sobre os fatores subjacentes a introdução precoce de fórmula infantil para recém-nascidos de baixo risco. O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de prescrição de fórmula infantil para recém-nascidos de baixo risco, as justificativas para a prescrição e os fatores associados a prescrições não justificadas pela IHAC em um Hospital Amigo da Criança do extremo sul do Brasil. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com dados secundários. Foram extraídos dados de internações ocorridas no centro obstétrico do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. entre 1º janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2020. Informações referentes às justificativas para prescrição de fórmula infantil foram provenientes de formulários para liberação de leite artificial e classificadas em justificadas ou não justificadas pela IHAC. Foram selecionados os nascimentos a termo de baixo risco internados em alojamento conjunto, excluindo puérperas com sorologia HIV positiva, abortos/natimortos, gemelares e recém-nascidos com baixo peso ao nascer. Calculou-se as prevalências de prescrição e das justificativas para prescrição de fórmula infantil ao longo dos anos. Diferenças foram testadas utilizando-se o teste de qui-quadrado, adotando nível de significância menor que 5%. As análises brutas e ajustada foram realizadas por meio de regressão de Poisson. Foram incluídos no estudo 6.048 partos. Aproximadamente 25% dos recém-nascidos de baixo risco receberam prescrição de fórmula infantil, sendo 33,7% dessas prescrições não justificadas pela IHAC. Hipoglicemia foi a justificativa mais prevalente (50,2%). Mães adolescentes e partos noturnos foram relacionadas a maior prevalência de prescrição não justificada pela IHAC, enquanto nascimentos a termo precoce e extremos de peso ao nascer foram relacionados com menor prevalência. Os achados alertam para a necessidade de capacitação e treinamento da equipe de atenção pós-parto e manejo a lactação para aumento da taxa de aleitamento materno.