Arquitetura ausente: o centro histórico de Pelotas, RS (1835 a 2011).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bastos, Michele Souza
Orientador(a): Gutierrez, Ester Judite Bendjouya
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5190
Resumo: Reconhecer na cidade do passado a origem de nossa história possibilitou ao homem, como indivíduo ou na coletividade, manter vivo o sentimento de pertencimento com o meio que habita. Esta particularidade da memória direcionou o estudo sobre a arquitetura ausente do Centro Histórico da cidade de Pelotas (RS). Este estudo resgatou, através de registros iconográficos e escritos, o patrimônio arquitetônico ausente no Centro Histórico de Pelotas, indicando suas substituições construtivas e promovendo a reconstrução de dados urbanos da cidade. A construção desta memória edificada direcionou sua investigação para as edificações do entorno da Praça Coronel Pedro Osório, e tomou como marco temporal o ano de 1835, data da elevação do município a categoria de cidade e época em que foi confeccionada a planta do segundo loteamento de Pelotas, região onde a área da pesquisa está inserida. Durante o desenvolvimento deste resgate construtivo, foram identificados registros iconográficos e documentais depositados em suportes distintos. Tamanha diversidade de informações suscitou na elaboração do Inventário de Conhecimento da Arquitetura Ausente do Centro Histórico de Pelotas, que se constituiu no segundo volume da dissertação apresentada. Este instrumento permitiu compilar e organizar os documentos encontrados, e igualmente proporcionou a identificação de quatro períodos temporais distintos. Foi a partir da delimitação destas quatro faixas de tempo que a história edificada da cidade de Pelotas pôde ser descrita. A investigação destes quatro períodos temporais possibilitou compreender as transformações urbanas pelas quais a área estudada foi submetida e propiciou a criação de um panorama global sobre a modificação da paisagem urbana e dos processos formadores destas alterações. Neste contexto, verificou-se que a cidade seguiu os rumos transformadores impulsionados, primeiramente, pela situação econômica, favoráveis nos primeiros períodos, e de recessão, nos períodos subsequentes. Igualmente observou-se que as expressões arquitetônicas, materializadas nos edifícios executados ao longo de cada período, vincularam-se aos regramentos construtivos vigentes, e que as arquiteturas ausentes resgatadas demonstraram o distanciamento conceitual na forma de se produzir a arquitetura entre os primeiros exemplares que ocuparam o entorno da Praça e suas substituições construtivas.