As experiências de mulheres para pensar caminhos de uma gastronomia de(s)colonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Jamile Wayne
Orientador(a): Silva, Márcia Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10141
Resumo: O presente estudo resulta na busca de avistar caminhos para uma gastronomia de(s)colonial, através de uma etnografia participante com grupos de mulheres que se organizavam a partir de oficinas de culinária dentro da Casa de Referência Mulheres Mirabal, em Porto Alegre. A proposta se deu no olhar para os saberes da experiência do trabalho de mulheres e as questões que isso levanta para refletir a forma eurocêntrica e masculinizada com que a gastronomia se sistematizou dentro dos espaços de ensino. Pensar sobre a cozinha dentro de uma perspectiva feminista, levanta discussões sensíveis, tanto para os movimentos de luta feminista, quanto para a História das Mulheres que, ao mesmo tempo que carregam uma história de condicionamento da atividade de cozinhar, não foram inseridas nesta quando passou do espaço privado para o público. Assim, na compreensão do que se entende por Gastronomia, os saberes do trabalho doméstico e não remunerado se situam no que se chama de “periferia do saber”. A investigação trata de pensar a Educação Popular como alternativa para o movimentar desses saberes entre as mulheres e a gastronomia, assim como coloca questões da Economia Solidária como forma de organização do grupo para a venda dos produtos que fazem. Portanto, investigar a gastronomia em diálogo com os saberes das mulheres, mostrou-se como uma possibilidade viável de fortalecimento das mulheres e da gastronomia no Sul, ao que conseguiu pensar caminhos para a emancipação das mulheres através da cozinha e a descolonização da gastronomia através das mulheres.