Formação continuada de professores do ensino médio: uma construção coletiva

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Fabra, Joice Mirapalhete
• Orientador(a): Pinto, Maria das Graças Carvalho da Silva Medeiros Gonçalves
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Formação continuada de professores; Construção coletiva; Protagonismo docente; Pandemia de Covid-19; Continuing teacher education; Colletive construction; Teacher protagonism; Covid-19 pandemic
• Área do conhecimento CNPq: CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10217

Esta pesquisa tem como objetivo “caracterizar e analisar o processo de formação continuada pensado e construído com e pelos professores de ensino médio do Colégio Estadual Santa Vitória do Palmar”. Professores e equipe diretiva participaram da pesquisa, contabilizando um total de 29 participantes, O aporte metodológico está centrado na pesquisa qualitativa, que seguiu a perspectiva da pesquisa-ação colaborativa. Os instrumentos utilizados para a produção de dados foram questionários, diário de campo, vídeo gravações e as escritas dos chats das vídeo gravações e do grupo de whatsapp. A pesquisa precisou passar por algumas mudanças em relação à produção de dados, que ocorreu através de ferramentas digitais e plataformas virtuais, por conta do distanciamento físico, ocasionado pela pandemia da COVID-19. Para interpretação e análise dos dados foi utilizada a Análise Textual Discursiva (ATD) e foram desenvolvidos três metatextos: “O contexto político e seus impactos na formação continuada e no trabalho docente desenvolvidos na escola”, “A formação continuada e seu processo coletivo de construção: uma alternativa viável” e “Da formação continuada dos “outros” para a construção da formação protagonista do “nós”. A proposta formativa de construção coletiva horizontalizada foi planejada, desenvolvida e avaliada pelos próprios professores participantes. O desenvolvimento da formação contou com grupos de estudos, com a coautoria dos participantes e colaboração de professores pesquisadores externos à escola, sendo eles de instituições superiores e da educação básica. A formação coletiva horizontalizada contribuiu com o empoderamento e o encorajamento dos participantes para realizar o processo formativo, diante de um contexto inédito, com a pandemia da COVID-19, que causou e continua causando tantos medos e angústias. Assim, a formação configurou-se em caráter existencial e social, carregada de sentimentos que nos tocou e nos impulsionou à vontade de continuar. Tocou e provocou as emoções, construindo um espaço de harmonia coletiva e de aproximação, necessária para um momento tão duro e tão cheio de distanciamentos. Os professores e professoras participantes assumiram as responsabilidades, foram protagonistas da formação e produziram espaço para se colocar e colocar seus dizeres, pois foi um trabalho em que decidiram o que e como fazer, o que discutir, configurando-se num processo de autoria. Assim, apresento a tese de que a formação mais coletiva e menos hierárquica contribuiu com o compartilhamento de experiências, mobilização de saberes e construção de conhecimentos, o que corrobora para o protagonismo dos professores ao produzir o processo formativo.