Toxicidade letal e subletal de pesticidas utilizados na fruticultura sobre o parasitoide da mosca-do-mediterrâneo Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cardoso, Tais Dalla Nora
Orientador(a): Botton, Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8173
Resumo: O parasitoide de larvas Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae) é um dos principais agentes de controle biológico de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) no Brasil. No entanto, a aplicação de agrotóxicos para manejo de doenças e insetos-praga em espécies frutíferas pode exercer efeitos secundários aos parasitoide. Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos letais e subletais via contato residual de formulações comerciais de agrotóxicos utilizados na fruticultura sobre o parasitoide D. longicaudata. Os ingredientes ativos tiametoxam, indoxacarbe, clorpirifós, deltametrina, espinetoram, espinosade, fosmete, lambda-cialotrina, malationa, dimetoato e metidationa aplicados em concentrações utilizadas nos pomares demonstraram alta toxicidade para adultos de D. longicaudata (=100% de mortalidade) após 96h de exposição, sendo classificados como nocivos (Classe 4). O ingrediente ativo acetamiprido foi moderadamente nocivo (Classe 3). Em contraste, as formulações azadiractina A/B (Agroneem 850 EC), clorantraniliprole, azadiratina (Azact 2,4 EC), azadiractina (Azamax 12 EC), bordalesa, azadiractina A/B (Fitoneem 850 EC), enxofre, lufenuron, sulfocálcica, novalurom e mancozeb foram classificados como inócuo (< 10% de mortalidade). Além disso, as formulações azadiractina (Azamax 12 EC), bordalesa, azadiractina A/B (Fitoneem 850 EC), sulfocálcica, mancozeb não reduziram o parasitismo e a taxa de emergência da geração F0. Os mesmos agrotóxicos somados a clorantraniliprole, azadiractina A/B (Agroneem 850 EC) e lufenuron não causaram redução no parasitismo e na taxa de emergência da geração F1 de D. longicaudata. Formulações dos ingredientes ativos clorantraniliprole, azadiractina A/B (Agroneem 850 EC), azadiractina (Azamax 12 EC), bordalesa, azadiractina A/B (Fitoneem 850 EC), lufenuron, sulfocálcica e mancozeb são adequadas para o manejo de doenças e pragas em espécies frutíferas em associação com D. longicaudata e devem ser avaliadas em experimentos semi-campo e campo para confirmar o efeito observado nos experimentos de laboratório