Projeto e discurso: uma análise sobre os novos produtos do setor imobiliário.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guerra, Helena Duarte da Silva
Orientador(a): Carrasco, André de Oliveira Torres
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5490
Resumo: Para explorar a relação entre determinados aspectos da produção recente do espaço urbano da cidade de Pelotas-RS e o discurso utilizado para a legitimação e comercialização dos produtos do seu mercado imobiliário, esta pesquisa desenvolve, inicialmente, uma contextualização histórica da produção capitalista das cidades, dos seus agentes produtores, da formação da sociedade brasileira e caracterização de sua cultura. Em nível local, a contextualização histórica contempla a origem e o desenvolvimento do núcleo urbano pelotense, bem como a evolução na construção de seu aparato regulatório. Este estudo também apresenta uma análise de dois projetos de parcelamento do solo licenciados pela Prefeitura Municipal de Pelotas, são os loteamentos Quartier e Parque Una, seu entorno, parâmetros de projeto, processo de licenciamento e sua relação com o discurso utilizado por parte de seu aparato publicitário. Através da disciplina da Análise de Discurso, esta pesquisa busca a forma com que o mercado imobiliário legitima esses produtos, descobrindo seu(s) sujeito(s) discursivo(s), as condições de produção desses discursos e o objetivo por trás da linguagem utilizada, das imagens publicitárias e formato de parcelamento do solo escolhido pelo mercado. Nesta busca, a pesquisa discute as principais contradições entre projeto, produtos ofertados e discurso utilizado para sua legitimação, além dos efeitos provocados pelos seus sentidos na população do seu entorno, no seu público-alvo e na relação com o Poder Público Municipal. Percebe-se os novos produtos imobiliários como ideias fora do lugar que desprezam os lugares fora das ideias, caracterizando-se apenas como uma “nova modalidade de parcelamento do solo”, ou seja, condomínio urbanístico com uso misto do solo e formas de segregação e controle de acesso diferentes dos muros.