Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gastal, Márcia Torres |
Orientador(a): |
Demarco, Flávio Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
|
Departamento: |
Faculdade de Odontologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4615
|
Resumo: |
A depressão, por sua alta prevalência especialmente em adultos, tem sido considerada um problema de saúde pública. Além das complicações inerentes, é sabido que a mesma é capaz de causar incremento e agravo de outras doenças, inclusive doenças bucais. Alguns estudos investigaram uma possível associação entre a depressão e as doenças periodontais. Entretanto, até o momento, não há registro na literatura de estudos baseados em coortes de nascimento, o que minimiza o viés de memória. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar a possível associação entre depressão e doença periodontal na quarta década de vida de indivíduos pertencentes à coorte de nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, sul do Brasil. Este estudo utilizou os dados coletados ao longo da vida dos indivíduos, que compreenderam entrevista geral com informações socioeconômicas, demográficas, de saúde geral e comportamental, avaliação psicológica e exame de saúde bucal. Uma amostra de 539 indivíduos foi examinada no ano de 2013. Foi utilizado o Miniinternational psychiatric interview (MINI) para estabelecer o diagnóstico de depressão e o Beck Depression Inventory (BDI-II) para avaliar a presença e intensidade de sintomas depressivos. A condição periodontal foi avaliada através de exame que mensurou sangramento à sondagem, profundidade de sondagem e nível clínico de inserção em todos os dentes. Para classificar os indivíduos com relação à doença periodontal, foram utilizados os critérios propostos pela Academia Americana de Periodontia (2012) e por Baelum & López (2012). Foi realizada uma análise descritiva da amostra, regressão de Poisson com variância robusta para a análise com desfecho dicotômico e regressão logística ordinal para desfecho categórico. Indivíduos com sintomas depressivos moderados/severos apresentaram 46% maior prevalência de periodontite após os ajustes para potenciais confundidores (PR 1.46; 95%CI 1.06-2.00). Porém, essa associação não foi observada quando a depressão maior foi a variável independente (PR 1.05; 0.67-1.35). Além disso, indivíduos que apresentaram sintomas depressivos moderados/severos apresentaram 3 vezes maior chance de ter periodontite moderada/severa (OR 3.29; 95%CI 1.38-7.84). Entretanto, esta associação não foi observada entre episódio depressivo maior e doença periodontal (OR 1.61; 95%CI 0.56-4.65). Como conclusão, foi encontrada uma associação positiva entre os sintomas depressivos moderados e severos e a doença periodontal nessa população. |