Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nicoletti, Angélica Markus |
Orientador(a): |
Gularte, Márcia Arocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4133
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Resumo: |
O progresso global ocorrido no último século nas diversas áreas teve impacto direto na rotina dos indivíduos, gerando um número expressivo de pessoas estressadas, que adotaram hábitos alimentares errôneos. Tais ocorrências tendem a gerar um desequilíbrio bioquímico no organismo denominado de estresse oxidativo, que se caracteriza por uma produção exacerbada de radicais livres, e que tem sido associado ao desenvolvimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis. Diante das potencialidades funcionais antioxidantes do arroz parboilizado e do mirtilo como coadjuvantes na prevenção e manutenção de um equilíbrio oxidativo no organismo, o que reflete na prevenção de diversas patologias, no presente estudo objetivou-se analisar a eficiência nutricional e funcional de arroz parboilizado e mirtilo bem como avaliar seu potencial antioxidante em um modelo animal submetido a um protocolo de estresse. Para tanto, o trabalho foi estruturado em três estudos, desenvolvidos da seguinte forma: experimento I, II e III. No experimento I foram caracterizadas duas variedades de mirtilo (Misty e O’Neal) determinando a composição bromatológica dos frutos, antocianinas totais, compostos fenólicos totais e individuais, atividade antioxidante por DPPH, ABTS e FRAP. No experimento II foram avaliadas as respostas biológicas de ratos wistar machos adultos, cepa UFPEL, submetidos a um protocolo de estresse por contenção, alimentados com dietas normocalóricas, recebendo 1ml de extrato de mirtilo (41,66% fruta) através de gavagem para cada 200g de peso do animal. No experimento III foram avaliados a eficiência nutricional e funcional da mistura de arroz parboilizado e mirtilo através de ensaio biológico com ratos wistar machos adultos, cepa UFPEL, submetidos a um protocolo de estresse por contenção, alimentados com dieta desenvolvida com arroz parboilizado e mirtilo O`Neal, administrados sob a forma de ração. Com os resultados do estudo I foi possível concluir que a variedade de mirtilo Misty destacou-se apresentando maior teor de fenóis totais, bem como apresentou uma maior capacidade antioxidante nos diferentes métodos. No estudo II, o fator estresse refletiu em uma menor deposição de peso em especial nos animais que consumiram mirtilo O’Neal, resultado acompanhado de um consumo de ração similar ao grupo que recebeu mirtilo Misty, concomitante a uma menor deposição de gordura epididimal. O mirtilo O’Neal, se mostrou efetivo na redução dos níveis de glicose. A expressão de superóxido dismutase (SOD) foi menor na região hipotalâmica, inferindo que o antioxidante se mostrou ativo na linha de defesa. Nosso estudo ponderou que a exposição ao protocolo de estresse por contenção aumentou a enzima superóxido dismutase, sendo sua expressão significativamente maior quando comparado com a testemunha. Em contrapartida a exposição ao estresse diminuiu a Glutationa peroxidase. A atividade da enzima catalase no córtex foi significativamente aumentada nos grupos não submetidos ao protocolo de estresse, que receberam extrato aquoso de mirtilo. Seguido de maior expressão nos animais que receberam extrato aquoso de mirtilo da variedade Misty. O estudo III nos inferiu que: O estresse por contenção, o consumo de arroz parboilizado e mirtilo O´Neal administrados separados induz ao menor ganho de peso. Concomitante o consumo de alimentos foi diferente de acordo com a dieta administrada dentro do grupo de animais estressados,sendo que os que consumiram dieta AP e dieta APM exibiram um maior consumo alimentar. A deposição de gordura epididimal foi significativamente maior no grupo que recebeu a ração APM independente do fator estresse. Os animais que receberam dieta MO depositaram menos gordura epididimal, em relação a testemunha e 30,4% menos de gordura epididimal quando comparado a dieta AP. Quando comparadas as dietas dentro dos diferentes níveis de estresse, os animais submetidos ao estresse por contenção independente da dieta recebida demonstraram aumento dos níveis de glicose, sendo apenas o aumento nos animais que receberam a dieta AP. |