PROEJA: um dispositivo da governamentalidade produzindo posições de sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Eslabão, Leomar da Costa
Orientador(a): Vieira, Jarbas Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5410
Resumo: Esta tese consiste no estudo de uma parcela do discurso oficial do Programa de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Realizou-se uma Análise do Discurso, de inspiração foucaultiana, buscando evidenciar como que o discurso dessa política educacional atua enquanto um dispositivo de governamentalidade, que instituindo posições de sujeito age sobre as ações dos outros. Nesse processo de governamento o discurso oficial cria posições de sujeitos para os alunos - sujeitos a serem salvos -, para os professores – sujeitos salvadores – e para o Estado – sujeito gestor e provedor. O dispositivo discursivo opera inicialmente desafiando os diversos sujeitos para que façam a sua parte, para que se percebam como integrantes de um processo que visa proporcionar o acesso a educação, enquanto um direito fundamental, até então negado a uma determinada parcela da sociedade formada por jovens e adultos. Baseado na ideia de fazer os sujeitos assumirem para si a responsabilidade, os discursos passam a instituir uma política de verdade sobre a educação e sobre os sujeitos, definindo um campo discursivo que cria os objetos que descreve, tornando-os parte de uma relação de saber-poder. Nesta relação aquele que detém o saber também possui o poder para definir as normas de conduta. Evidencia-se que o discurso oficial funciona como um dispositivo discursivo que cria modos particulares de ser, de agir, de viver e de ver o mundo, exercendo uma governamentalidade sobre todos e cada um. Este governamento define normas para a produção de sujeitos maleáveis e governáveis para colocarem em ação a política.