O processo de empresarização da pós-graduação: uma análise dos tipos de governança presentes na Universidade Federal de Pelotas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais
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Departamento: |
Faculdade de Administração e Turismo
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4227 |
Resumo: | A presente dissertação apresenta como objetivo central, analisar as formas de organização da pós-graduação na Universidade Federal de Pelotas. Para isso, a partir de uma pesquisa predominantemente qualitativa, foram triangulados dados documentais, referente à estruturação da pós-graduação no Brasil e na UFPel, com a percepção dos representantes dos programas de pós-graduação desta universidade, selecionados para análise, através de entrevistas semiestruturadas, considerando sempre, as categorias de análise definidas a priori (governança processual, empresarial e de redes). A partir da análise fica evidente que a pós-graduação, tanto no sentido mais amplo, quanto no foco deste trabalho (UFPel), possui as três formas de organização apresentadas. Dessa forma, percebe-se que a governança empresarial se tornou algo central na organização desse campo, na qual os atores inseridos nesse âmbito passam a trabalhar a partir da definição de metas a serem atingidas, buscando um retorno financeiro e maior eficiência. Nessa categoria, a principal meta percebida nos programas de pós-graduação refere-se à produção científica, que vem sendo cobrada cada vez mais pelos órgãos de controle e internalizada pelos agentes inseridos nesse meio. Entretanto, para que essa forma de organização se faça cumprir, é necessário que as metas estejam formalizadas, chegando então a governança processual. Nesse sentido, embora esse tipo de organização esteja em declínio, não sendo mais utilizada como forma central, ainda é importante para fortalecer e disseminar a forma empresarial para o interior dos Programas de Pós-Graduação. Além disso, ainda que de forma inicial, surge a governança em rede como forma de organização. A partir desta, a lógica empresarial é disseminada para além dos PPGs, a partir de parcerias com outros programas, universidades e docentes, buscando driblar as dificuldades, arrecadando um maior aporte financeiro e atingindo um público alvo mais amplo. Nesse cenário, o atual modelo de pós-graduação brasileiro passa a priorizar áreas que realizem pesquisas “úteis” e gerem produtos “pagáveis” e, acabam limitando a atuação de programas em áreas que não apresentam essa lógica, como a área de humanas. |