Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Massaut, Khadija Bezerra |
Orientador(a): |
Moreira, Ângela Nunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Nutrição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4881
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Resumo: |
De ação sistêmica, a quimioterapia é uma das principais terapias para tratamento do câncer, sendo a ciclofosfamida (CF) o antineoplásico mais utilizado. Entretanto, devido sua ação tóxica, são associados ao fármaco inúmeros efeitos colaterais como imunossupressão, alteração dos parâmetros de estresse oxidativo, hepatotoxicidade e perda de peso. A administração de probióticos como alternativa na modulação do sistema imune e promoção da melhora nesses parâmetros vem sendo estudada. A levedura Pichia pastoris é comumente usada para produção de proteínas recombinantes em larga escala, e alguns estudos vêm demonstrado que essa levedura possui propriedades probióticas. Porém, seu efeito sobre a imunossupressão e o estresse oxidativo induzidos pelo tratamento com CF ainda não foram avaliados. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da suplementação com P. pastoris sobre o perfil sanguíneo, estresse oxidativo e desempenho alimentar em um modelo de imunossupressão induzida por quimioterapia com CF em camundongos Swiss. Para tal fim, 30 camundongos machos Swiss com 28 dias de idade, foram segregados em quatro grupos: grupo controle; grupo imunossuprimido por CF (uma dose de 150 mg/kg de peso no dia 13 e outra de 100 mg/kg de peso no dia 16 do estudo); grupo suplementado diariamente com 108 UFC/animal de P. pastoris por gavagem, a partir de 12 dias antes da imunossupressão até o fim do estudo; e grupo imunossuprimido com CF e suplementado com a levedura. Foram analisados o hemograma completo, marcador renal, perfil lipídico, glicose, estresse oxidativo, histopatologia, variação de peso e consumo alimentar, sendo considerado nível de significância de 5% (p<0,05). A suplementação com a levedura, além de segura, significativamente evitou a leucopenia e neutropenia, sinalizou melhora nos parâmetros do eritrograma e na contagem de linfócitos, reduziu a peroxidação lipídica e a ocorrência de lesões nos rins, reduziu o estresse oxidativo no encéfalo e melhorou a conversão alimentar no grupo que recebeu o fármaco. E, nos animais saudáveis, além de segura, foi significativamente benéfica na eficiência alimentar, aumento do leucograma e eritrograma, e na redução da peroxidação lipídica nos rins e encéfalo. Conclui-se que a levedura apresenta propriedades probióticas e é segura para administração em animais sadios e imunossuprimidos |