Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Ádrya Vanessa Lira |
Orientador(a): |
Souza, Gustavo Maia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4197
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Resumo: |
As plantas apresentam uma alta capacidade de percepção devido sua necessidade de gerir as informações ambientais, estando fixas ao solo, para isso, elas contam com uma eficiente rede de sinalização elétrica permitindo a integração de suas partes e uma resposta rápida. Dentre o espectro de estímulos ambientais percebidos pela planta encontra-se o campo magnético (CM) capaz de causar alterações intra e extracelulares. Trabalhos relatam que a membrana plasmática pode ser um alvo primário do CM, levando a alterações nos canais iônicos e mesmo nos próprios íons, além de um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Sabendo que os canais iônicos são a base dos sinais elétricos, logo uma modificação nestes pode afetar a geração dos sinais e consequentemente todo o electroma. Contudo, ainda não estão claros na literatura a ação do campo magnético na membrana plasmática e os mecanismos a respeito dos efeitos do campo magnético como estimulador do crescimento ou atuando como um estressor. Neste trabalho, objetivou-se caracterizar a dinâmica elétrica de plantas de feijão preto (Phaseolus vulgaris L.) expostas a um campo magnético de intensidade moderada, e observar possíveis alterações fenotípicas. A partir dos dados da sinalização elétricas, foram obtidas séries temporais das plantas antes e após o estímulo com CM. Estas foram analisadas com a utilização de ferramentas estatísticas e matemáticas para determinar a Função de densidade de probabilidade, Autocorrelação, Transformada rápida de Fourier (TRF) e Wavelets, Função de potência da densidade espectral (potencial spectral density - PSD), Entropia multiescalar e algoritmos de classificação. Para a observação de efeitos fenotípicos, foi realizado um outro experimento em casa de vegetação avaliando a simetria flutuante e o crescimento das plantas expostas e não expostas ao CM. A partir dos resultados das análises eletrofisiológicas e do desvio de simetria, identificamos a possibilidade das plantas não terem considerado a exposição durante 1 hora ao CM de 200 mT como um fator de estresse, ou seja, não afetou de forma consistente o padrão do electroma das plantas após a exposição. De acordo com a análise de entropia multiescalar, foram observados valores médios de entropia superiores após o estímulo quando comparados com os valores médios antes do estímulo nas primeiras escalas, além disso os resultados de crescimento apresentaram maior área foliar e comprimento da parte aérea após a exposição. Para o presente estudo, foram obtidos bons resultados na acurácia de classificação das séries temporais com destaque para o algoritmo k-NN, demonstrando que as séries antes e após o estímulo são diferentes. Portanto, observou-se que o CM possa ter atuado como um estimulador do crescimento. |