Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cristine Cioato |
Orientador(a): |
Cleff, Marlete Brum |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3599
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Resumo: |
O melanoma apresenta grande importância na oncologia veterinária por ser um tumor invasivo, altamente metastático e pouco responsivo ao tratamento quimioterápico convencional. Impulsionadas pela resistência neoplásica aos fármacos, as pesquisas com produtos naturais tem recebido atenção especial nos últimos anos, pois esses são promissores agentes para prevenção e tratamento do câncer. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade citotóxica dos óleos essenciais de Origanum vulgare, Origanum majorana e Rosmarinus officinalis e dos extratos hidroalcóolicos de Origanum vulgare, Schinus terenbithifolius, Eugenia uniflora e Bauhinia forficata frente à linhagem celular de melanoma murino B16F10 e de rim bovino - MBDK (Madin Darby Bovine Kidney), além de fazer uma retrospectiva de melanomas em cutâneos em cães atendidos no HCV. Os óleos essenciais foram obtidos através de arraste de vapor em Clevenger, sendo testados nas concentrações de 6,25 a 0,024 mg.mL-1 e os extratos hidroalcóolicos através de rotaevaporador, sendo testados nas concentrações de 6,25 a 0,02 mg mL-1. As diluições dos óleos e dos extratos foram distribuídas em placas de 96 poços, sob as monocamadas de células das linhagens B16F10 e MDBK, que foram incubadas por 24 e 48 horas, em 37°C com atmosfera úmida e 5% de CO2. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio MTT e a leitura feita em espectrofotômetro (540nm) em dois tempos (24 e 48 horas). Todos os óleos avaliados foram efetivos em inibir as células de melanoma, porém não houve diferença significativa entre eles e entre suas concentrações, assim como em relação a citotoxicidade na linhagem MDBK. As concentrações efetivas e não tóxicas dos óleos essenciais de O. majorana e O. vulgare foram 490 e 245 μg.mL-1. O óleo de R. officinalis, apresentou elevada toxicidade nas concentrações efetivas nas células B16F10. Os compostos majoritários identificados foram 1-8 cineol, canfora e α-pinene, no óleo essencial de R. officinalis; 4-terpineol, 4-carene e 5-isopropyl-2-methylbicyclo no óleo essencial de O. majorana e γ-terpineno, 4-terpineol e hidroxy-p-cymene no óleo essencial de O. vulgare. Os extratos avaliados apresentaram atividade antiproliferativa em células tumorais e normais dependente do tempo e da dose, tendo maiores porcentagens de inibição celular em 48 horas do que em 24. Os extratos hidroalcóolicos de B. forficata, E. uniflora e O. vulgare em 48 horas, apresentaram os melhores resultados antiproliferativos em células de melanoma, uma vez que atingiram moderada atividade inibitória nas células B16F10 em concentrações com baixa toxicidade para as células MDBK. O extrato de S. terebinthifolius não exibiu atividade satisfatória nas células tumorais, quando cruzadas as concentrações efetivas e tóxicas. Assim, conclui-se que os óleos essenciais de O. majorana e de O. vulgare e os extratos hidroalcóolicos de Origanum vulgare, Eugenia uniflora e Bauhinia forficata apresentam melhor atividade antiproliferativa in vitro em células de melanoma, quando comparados ao óleo essencial R. Officinalis e o extrato hidroalcóolico de S. terebinthifolius,e representam promissoras fontes de estudo para o desenvolvimento de novos fármacos antineoplásicos. Os melanomas cutâneos são frequentes na rotina do HCV, estando o seu comportamento biológico relacionado principalmente com o tamanho do tumor e a presença de metástases. |