Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Alaides Catarina dos Santos |
Orientador(a): |
Ribeiro, Maria Thereza Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5113
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Resumo: |
Essa dissertação tem como objetivo geral abordar o impacto dos dois primeiros empreendimentos imobiliários, os condomínios fechados horizontais de lotes para grupos sociais mais abastados, sobre as formas de percepção e sociabilidade dos moradores localizados nas regiões São Gonçalo e Laranjal da cidade de Pelotas. Especificamente busca-se entender como os processos políticos que engendram tomadas de decisão sobre o planejamento da cidade, simultaneamente auxiliam aos agentes econômicos e sociais a produzir a representação do espaço, enquanto estratégia de ação no mercado imobiliário. Para isso se analisa a tensão entre essas estratégias e as práticas de uso e ocupação do espaço urbano dos moradores. O problema de investigação trata de averiguar se a concepção de habitat que está representada nos projetos de uso e ocupação do espaço urbano para edificação dos condomínios fechados, destinados às classes mais abastadas, concretamente leva à segregação socioespacial. A metodologia utilizada é de base qualitativa, escolheu-se a técnica de entrevista com roteiro semiestruturado, e análise de fontes documentais para conhecer a representação do espaço através da ideia de habitat concebida pelo agente econômico e a prática dos moradores, percebida e vivida no decurso do modo de habitar. A partir da análise das entrevistas com os agentes imobiliários foi possível captar que a moradia ideal concebida pelos agentes envolvidos (empreendedores e corretores imobiliários) reflete a “diferença no status hierárquico”. Nesse sentido a concepção de habitat daqueles setores robustece as relações de poder na sociedade, portanto leva à segregação socioespacial, ou seja, a apropriação desigual de espaço urbano. Por outro lado, através das entrevistas com os moradores dos Loteamentos Umuharama, São Conrado e Vila Bela, situados nos arredores dos novos empreendimentos dos condomínios horizontais de lotes, interpretaram-se a percepção do modo de habitar que é distinto do habitat e a permanência de formas sociabilidades pautadas nos laços de reciprocidade e confiança, apesar deles já presenciarem as mudanças no espaço urbano e a mobilidade populacional advindas desses empreendimentos. |