Atividade antimicrobiana de extratos hidroalcoólicos de própolis marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula) frente a micro-organismos infecciosos de interesse em Medicina Veterinária e Humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Peter, Cristina Mendes
Orientador(a): Fischer, Geferson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3379
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana (antibacteriana, antifúngica e antiviral), toxicidade celular e composição química de extratos hidroalcoólicos da própolis marrom (PM), verde (PV) e de abelhas nativas jataí (PJ). A atividade antibacteriana da própolis foi analisada pelo método de Microdiluição frente à Staphylococcus aureus, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. Para a atividade antifúngica, foi utilizada metodologia semelhante, frente à Candida lipolytica, Candida parapsilosis, Sporothrix schenckii e Sporothrix brasiliensis. A atividade antiviral foi avaliada através de dois métodos distintos de tratamento das células com os extratos: antes e depois da inoculação viral, frente ao Herpes Vírus Bovino (BoHV-1) e ao Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV) e quantificado pelo teste de MTT (3-(4,5 dimetiltiazol-2yl)- 2-5-difenil-2H tetrazolato de bromo) e a atividade virucida, avaliada através de diferentes diluições dos vírus, temperaturas e tempos de incubações e analisadas por observação microscópica e quantificadas através da Dose Infectante (D.I.) 50%. A toxicidade foi avaliada através de diferentes concentrações e a viabilidade celular quantificada por MTT. À composição química das própolis foi determinada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Os resultados da atividade antibacteriana demonstraram que PM obteve valores menores de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM), quando testados frente à S. aureus (6,7 mg/mL; 13,4 mg/mL, respectivamente), e E. coli (29,4 mg/mL; 54,3 mg/mL) quando comparados ao PV e PJ. Contudo frente Streptococcus sp., os menores valores de CIM e CBM encontrados foram da PV (p<0,01). Na atividade antifúngica as PM, PV e PJ apresentaram eficácia à Candida sp. eSporotrix sp. A PJ apresentou menor toxicidade, em sequência PV e PM. Na atividade antiviral, os extratos foram mais eficazes quando acrescentados no pré-tratamento e a PM e PV foram mais eficazes ao BoHV-1, enquanto a PJ ao BVDV. Na virucida, a PVa 37°C obteve valores diferentes e menores (log = 2,67) em relação a PM (log = 3,5) e PJ (log = 3,76). No entanto, para BVDV a PJ apresentou os melhores resultados para ambas temperaturas. Os resultados demonstram o potencial da própolis como antimicrobiano no tratamento de doenças em Medicina Veterinária e Humana.