Tornando-se professor universitário: sujeitos singulares, possibilidades plurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Stivanin, Neridiana Fabia
Orientador(a): Zanchet, Beatriz Maria Boéssio Atrib
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3316
Resumo: Essa pesquisa teve como foco a constituição da docência universitária nos primeiros anos de carreira. A fase inicial da docência é um período de intensas aprendizagens da profissão e se torna um campo profícuo de investigação. Assim, foi para ela que voltei meu olhar na tentativa de compreender o processo vivido por docentes universitários durante o período de iniciação à docência. A metodologia utilizada caracterizou-se por uma abordagem qualitativa pautada nas reflexões propostas por Bogdan; Biklen 1994), baseada em entrevistas semi-estruturadas com a colaboração de 15 professores da Universidade Federal de Pelotas com até 5 anos de docência. Ancorada em um referencial teórico que aborda diferentes aspectos da docência universitária encontrei em Marcelo Garcia (1999, 2009), Masetto (2003, 2009), Pimenta e Anastasiou (2008), Cunha (2003, 2005, 2008, 2009, 2010), Mayor Ruiz (2001, 2002, 2007, 2009, 2009a), Veiga (2007, 2010, 2010 a), Pimenta e Almeida (2011) entre outros, subsídios para analisar e discutir os achados. Na sua condição de iniciantes foram instigados a falar sobre os motivos que os levaram à carreira docente, sobre as expectativas e desafios que se apresentam no cotidiano docente, sobre as práticas pedagógicas que desenvolvem, sobre a concepção do ser professor, sobre as relações que estabelecem com os colegas no início da carreira e sobre saberes e conhecimentos necessários à docência. A pesquisa mostrou que a convivência familiar, os exemplos de ex-professores e o gosto pelo ensino foram os fatores definidores da escolha pela docência. Os principais desafios envolvem a sala de aula, especialmente na relação com os alunos e na construção de suas práticas pedagógicas. Os sujeitos afirmaram a importância de fazer algo diferente em suas aulas para despertar a atenção e o interesse dos alunos, porém não protagonizam práticas diferenciadas por encontrarem-se em processo de aprendizagem da docência, o que gera insegurança para romper com o ensino tradicional. Ser professor para os interlocutores é uma profissão muito importante e que envolve um processo contínuo e exigente de reinvenção de práticas. Reconheceram a ausência e ao mesmo tempo expressaram como necessidade os saberes pedagógicos para exercer a docência. Expressaram que mantém um bom relacionamento com os 9 colegas mais experientes, mas foi no grupo de colegas iniciantes que estabeleceram relações mais próximas, relações que se estreitavam à medida que um novo desafio surgia. A partir deste estudo, é possível afirmar que é necessário que a universidade se preocupe em proporcionar espaços/estratégias de formação no contexto em que se inserem os docentes iniciantes, pois eles estão em um período de “se transformar” professores e são receptivos a tais iniciativas.