Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, João Henrique Figueredo de |
Orientador(a): |
Del Pino, Mauro Augusto Burkert |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6971
|
Resumo: |
O trabalho docente tem passado por diversas alterações, sendo elas produto da nova organização do capitalismo, o neoliberalismo. A precarização da profissão docente é sentida de diferentes maneiras. Entre elas destaca-se o regime da contratualização temporária de profissionais que mesmo tendo a formação acadêmica para assumir o magistério enfrentam situações mais degradantes em comparação aos seus colegas que são professoras e professores efetivos. Os profissionais temporários não têm uma série de direitos trabalhistas e constantemente convivem com a incerteza da continuidade profissional. Sendo assim, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar como os contratos temporários precarizam o trabalho docente na rede pública municipal de Pelotas/RS. Para alcançar este objetivo o trabalho foi organizado em duas abordagens metodológicas uma quantitativa e outra qualitativa. A abordagem quantitativa parte dos dados das professoras e dos professores temporários contratados nos últimos sete anos. As informações foram fornecidas pela Secretaria Municipal de Educação e Desporto do município de Pelotas. Já a parte qualitativa foi realizada em dois momentos. Primeiro mediante um questionário fechado direcionado para todos os docentes temporários da rede. E no segundo momento foi feita uma entrevista aberta com seis professoras temporárias de rede de ensino pública de Pelotas. Para o exame dos dados foi realizado a análise de conteúdo. Como resultado, foi observado que nos últimos sete anos foram contratados 556 professores e professoras temporários no município de Pelotas. Dentre estes, 298 ainda estarão ativos até o início do ano de 2020. Todos estes profissionais trabalham em uma infraestrutura precária, de forma intensificada, com vencimentos menores e com parte dos direitos negados em comparação com os colegas efetivos. Além disso, o trabalho destes profissionais passa por uma constante regulação por parte da secretaria e uma permanente incerteza na continuidade no trabalho. Tudo indica que a presença das professoras e dos professores temporários no município de Pelotas significa para os cofres públicos uma redução nos investimentos. Simultaneamente, demonstra o desinteresse da administração pública pela educação mediante a precarização do trabalho docente. |