Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dini, Maximiliano |
Orientador(a): |
Raseira, Maria do Carmo Bassols |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
|
Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4957
|
Resumo: |
A podridão-parda (Monilinia spp.) é a principal doença dos frutos de caroço, e incrementar a resistência genética à mesma é um dos principais objetivos dos programas de melhoramento em todo o mundo. No entanto, ainda não se dispõe de cultivares que apresentem elevado grau de resistência genética ao fungo causador da doença e o conhecimento dos mecanismos relacionados à resistência é bastante limitado. O objetivo central deste trabalho foi buscar fontes de resistência à podridão-parda, estudar a sua segregação e herança, assim como contribuir para o entendimento dos mecanismos de resistência envolvidos. Os trabalhos foram desenvolvidos no Brasil, na Embrapa Clima Temperado e na França, no INRA Avignon. No Brasil, foram estudadas 16 progênies F1 (303 seedlings) e seus 20 genitores, sendo 10 progênies originadas de cruzamentos recíprocos. Foram estudados os caracteres fenológicos, que mostraram alta herdabilidade, sendo a data de colheita negativamente correlacionada com a incidência da doença. As 10 populações recíprocas foram fenotipadas quanto à sua reação à M. fructicola nas flores, sendo a maioria dos genótipos muito suscetível. Foi testada a metodologia de fenotipagem das flores quanto à podridão, sendo recomendado utilizar flores abertas ou em estádio de balão, com uma suspensão de 20-200 conídios de M. fructicola por flor, realizando as avaliações 96 horas após inoculação. O conteúdo de compostos fenólicos, antocianinas e atividade antioxidante das pétalas foi correlacionado negativamente com a suscetibilidade à podridão das flores. Quanto à podridão-parda em frutos, foram inoculados com uma suspensão de M. fructicola (2,5x104 conídios mL-1), frutos com e sem ferimentos dos seedlings e genitores das 16 populações. Verificou-se variabilidade quanto à suscetibilidade, com herdabilidade de média a baixa, sem evidências de efeito materno. A cv. Bolinha foi utilizada como padrão de resistência e vários dos genótipos testados foram iguais ou melhores que o padrão, sendo que diversos deles produzem frutos de melhor qualidade, demostrando o avanço genético do programa de melhoramento da Embrapa. Os experimentos conduzidos na França concentraram-se em avaliar o efeito dos ferimentos nos frutos e a sua relação com a infecção por podridão-parda (M. laxa). Em um primeiro trabalho, frutos feridos de cinco genótipos de nectarineiras foram inoculados com M. laxa em diferentes estádios de desenvolvimento, e em dois momentos em relação ao ferimento efetuado (imediatamente ou 7 horas após). No primeiro estádio, coincidente com o endurecimento do caroço, os frutos foram resistentes e foi identificada uma reação vermelha na película, associada a alguns genótipos. Essa reação foi isolada e analisada por HPLC, identificando-se o aparecimento de novos compostos nos frutos. Em outros experimentos, foi estudada a reação de frutos feridos em relação à infecção com M. laxa, ao conteúdo de compostos fenólicos e triterpenoides (por HPLC), e compostos voláteis (por cromatografia gasosa). No mesmo sentido, foram realizados trabalhos com M. laxa in vitro, e frutos feridos em condições de campo e laboratório. Os frutos feridos apresentaram modificações no padrão de seus compostos e os mesmos parecem ter influência na suscetibilidade à podridão-parda. Os resultados conduzem a recomendações aos programas de melhoramento e direcionamento de novas pesquisas. |