Avaliação da variabilidade de espécies de Monilinia associadas à podridão parda do pêssego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Casarin, Josiane Vergara
Orientador(a): Rossetto, Edemar Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4836
Resumo: O Rio Grande do Sul é o principal produtor brasileiro de pêssegos (Prunus persica L. Batch) a produção comercial no estado está restrita em quatro pólos. Na região de Pelotas a produção de pêssegos é voltada para a indústria, na grande Porto Alegre, Serra Gaúcha e região da Campanha para pêssegos de mesa e consumo in natura. A cultura do pêssego é suscetível a várias doenças que comprometem a quantidade e qualidade dos frutos destacando-se entre elas a podridão parda. A podridão parda é uma doença cosmopolita e pode ser causada por diferentes espécies do gênero Monilinia. Na América do Sul e do Norte encontram-se Monilinia fructicola (Wint) Honey e Monilinia laxa (Aderhold e Ruhland) Honey, e na Europa, Monilinia fructigena. Estudos baseados em caracterização morfológica são fundamentais à identificação e conhecimento da amplitude da variabilidade existente entre isolados. Paralelamente, a esses estudos as técnicas de biologia molecular são indispensáveis para a complementação da caracterização de fitopatógenos, destacando-se a PCR, como um método sensível, rápido e confiável na identificação de espécies de Monilinia visando distinção entre M. fructicola de M. laxa e M. fructigena. O trabalho teve como objetivos identificar espécies de Monilinia associadas à podridão parda do pêssego no Rio Grande do Sul e comparar os isolados de Monilinia fructicola em meio de cultura através de algumas características morfológicas como: crescimento micelial, peso seco, morfologia das colônias e sensibilidade a Mancozeb e Azoxistrobina. Para o estudo de identificação molecular foram avaliados 34 isolados de Monilinia. Após a extração o DNA, foi amplificado com primers específicos para as três espécies. Os produtos da amplificação foram eletroforisados em gel de agarose 1% e corados com brometo de etídio. As bandas de DNA foram visualizadas sob luz ultravioleta e as imagens captadas com sistema de fotodocumentação. Todos os isolados obtidos na região sul do Rio Grande do Sul produziram bandas de aproximadamente 534 pb, comprovando a ocorrência de somente uma espécie. Para o trabalho de caracterização morfológica foram avaliados trinta e cinco isolados cultivados em três meios de cultura BDA, Suco de Pêssego e Pagnocca. O crescimento micelial dos isolados foi avaliado através da medida das colônias em sentido cruzado com o auxilio de uma régua milimetrada. No estudo da morfologia das colônias foram avaliadas a cor do emaranhado micelial, a forma, a margem e a elevação da colônia. O peso seco dos isolados foi determinado através do crescimento em Erlenmeyers contendo os meios de cultura líquido: BDA, Pagnocca e Meio de Suco de Pêssego após o período de incubação as culturas foram filtradas em papel filtro e secas em estufas. Em relação à sensibilidade aos produtos químicos Mancozeb e Azoxistrobina foram usados os princípios ativos nas concentrações de 5 e 100ppm, sendo avaliados a inibição dos isolados quanto à concentração de cada produto. Os resultados mostraram variações no crescimento micelial radial destacando o melhor meio o Suco de Pêssego, seguidos dos meios Pagnocca e BDA. Enquanto que para a variável resposta peso seco de micélio, os melhores resultados foram obtidos com o meio Pagnocca, BDA e Suco de Pêssego, respectivamente. Quanto à coloração do micélio houve uma variação de acordo com o meio de cultura utilizado apresentando maior variabilidade no meio BDA. Em relação à forma das colônias para a maioria dos isolados, nos meios testados, apresentou forma circular. Para a margem das colônias todos os isolados cultivados em meio de Suco de Pêssego apresentaram margem ondulada em BDA e em Pagnocca lobadas e onduladas. Quanto à sensibilidade a Mancozeb e Azoxistrobina os isolados mostraram diferentes reações de inibição ratificando a ampla variabilidade nas demais características morfológicas testadas. Nas concentrações de 100ppm, mancozeb inibiu maior número de isolados comparado com azoxistrobina.