Composição química e potencialidade anti-Malassezia dos extratos de Rosmarinus officinalis e Origanum vulgare.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Alves, Gabriela Hörnke
Orientador(a): Freitag, Rogério Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6074
Resumo: A Malassezia pachydermatis é uma levedura considerada um patógeno oportunista de extrema relevância em casos de otite canina e em dermatologia veterinária, tornando-se um alvo terapêutico muito importante a ser explorado. As plantas da família Lamiaceae como o Rosmarinus officinalis e o Origanum vulgare, conhecidos popularmente como “alecrim” e “orégano”, são plantas aromáticas e condimentares que tem demonstrado propriedades medicinais por possuírem substâncias ativas com potencial terapêutico em diversas atividades biológicas, dentre elas, antifúngica, antibacteriana e antiviral. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivos caracterizar os compostos fenólicos de extratos aquosos e etanólicos dessas plantas e avaliar a atividade antifúngica frente à levedura Malassezia pachydermatis, isolados clínicos de otite e dermatomicose, através do método de microdiluição em caldo e difusão em disco. O delineamento da composição química dos extratos foi realizado através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e a avaliação da atividade antifúngica foram realizadas conforme os documentos CLSI M27-A3 para microdiluição e a difusão pelo CLSI M44-A2, adaptados para extratos vegetais. De acordo com a análise cromatográfica os ácidos rosmarínico e carnósico, e os flavonóides: luteolina, apigenina, caempferol e quercetina, foram identificados em todos os extratos analisados. Com relação à determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) todos os extratos avaliados apresentaram atividade inibitória e fungicida. O extrato etanólico de orégano foi o que apresentou melhor resultado tendo CIM=7,07mg/mL e CFM=24,34mg/mL. Na avaliação da sensibilidade da levedura frente aos extratos de alecrim e orégano através do método de difusão em disco, os extratos aquosos não apresentaram capacidade de inibição. Com relação aos extratos etanólicos de alecrim e orégano houve halo de inibição de 6,962 mm e 4,771mm, respectivamente, demonstrando assim diferença significativa entre os extratos frente à levedura testada, no entanto os isolados de pele e orelha não foram diferentes estatisticamente aos extratos testados. Os resultados in vitro permitem concluir que os extratos apresentam ação antifúngica, no entanto análises in vivo devem ser realizadas para confirmação destes resultados, em busca de alternativas terapêuticas para malasseziose.