Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ayres, Bruna Escalante |
Orientador(a): |
Kunrath, Milena Hoffman |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14390
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Resumo: |
O presente trabalho de mestrado, realizado na linha de pesquisa da Literatura, Cultura e Tradução, pretende discutir questões pertinentes à Segunda Guerra Mundial, sobretudo à memória e trauma. Como objeto de estudo, elencamos a obra da alemã Inge Scholl, publicada em 2013, intitulada A Rosa Branca. Nessa narrativa, a irmã de dois participantes do grupo antinazista Rosa Branca busca resgatar a história de coragem e resistência desse movimento durante o período ditatorial alemão. O grupo foi constituído por um professor e cinco alunos, todos pertencentes à Universidade de Munique. Eles ofereciam resistência ao regime nazista, utilizando a disseminação de informações para lutar contra a forma de governo da época. Então, pretendendo acabar com o nazismo, os irmãos Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Christoph Probst, Kurt Huber e Willi Graf escreveram e distribuíram seis panfletos que denunciavam as atrocidades do regime nazista, procurando extinguir o discurso ideológico da época e chamar o povo alemão para resistir junto a eles. A outra obra que será parte do nosso estudo é a do alemão Uwe Timm, publicada em 2014, intitulada À sombra do meu irmão: as marcas do nazismo e do pós-guerra de uma família alemã. Nessa narrativa, o narrador conta a história de seu irmão Karl-Heinz, que, aos 19 anos, se alistou voluntariamente à divisão Waffen-SS. A curta trajetória de Heinz, que morreu lutando na Ucrânia, deixou grandes marcas na família e, claro, no próprio Uwe Timm, que tinha só três anos na época. Muitos anos depois da morte do irmão, o autor apresenta e analisa as cartas que Heinz enviava para a família e o diário escrito durante o período em que esteve na batalha e que foi devolvido junto com os pertences de seu irmão. Desse modo, para falar sobre narrador, história, memória e experiência, utilizaremos Walter Benjamin, e para falar sobre o trauma nos embasamos em Sigmund Freud. Além desses teóricos, também farão parte de nosso arcabouço teórico Theodor Adorno, Hannah Arendt, Ecléa Bosi, Giorgio Agamben e Dominck LaCapra. Então, esse trabalho tem como objetivo discorrer sobre algumas questões relacionadas à memória e ao trauma presente nas narrativas A Rosa Branca de Inge Scholl e À Sombra do meu irmão: as marcas do nazismo e do pós-guerra na história de uma família alemã de Uwe Timm, procurando refletir e relacionar ambos temas e sua superação por meio daquela. Utilizamos uma metodologia comparatista com aportes de literatura comparada, sendo um estudo exploratório e eminentemente bibliográfico em uma perspectiva multidisciplinar. |