Cobertura de amido de milho com óleo essencial de Origanum vulgare para controle de Vibrio parahaemolyticus em filés de Micropogonias funieri.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Atrib, Amanda Barbosa
Orientador(a): Timm, Cláudio Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8641
Resumo: O pescado pode ser contaminado no ambiente em que vive ou durante a manipulação após a captura. A espécie bacteriana Vibrio parahaemolyticus é uma das principais causadoras de surtos associados ao consumo de pescados contaminados e já foi isolada de peixes da espécie Micropogonias furnieri, no entanto, pouco se sabe sobre o comportamento deste patógeno na matriz alimentar do pescado, tampouco sobre métodos de controle. Os óleos essenciais vêm sendo utilizados no preparo de alimentos em virtude do sabor e aroma diferenciados. Dentre outras propriedades, o óleo essencial de Origanum vulgare se destaca pela capacidade de inibir o crescimento de determinados microrganismos indesejáveis. As coberturas contendo óleo essencial de plantas ganharam reconhecimento ultimamente, sendo empregados para uma melhora na qualidade e segurança alimentar, no entanto, ainda são necessários mais estudos acerca do tema. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de óleo essencial de O. vulgare associado a cobertura comestível de amido em filé de peixe. O efeito do óleo de O. Vulgare foi testado in vitro pelo teste de disco-difusão. Posteriormente, cobertura de amido com 1% e 1,5% de óleo essencial de O. vulgare foi aplicada em filés de M. furnieri experimentalmente contaminados com V. parahaemolyticus. Como controle, filés sem cobertura e com cobertura sem óleo também foram testados. Foram realizadas contagens de V. parahaemolyticus após 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 10 dias de estocagem. No teste de disco-difusão o óleo essencial de O. vulgare apresentou efeito inibitório sobre o crescimento bacteriano. A cobertura de amido associada ao óleo essencial de O. vulgare foi eficiente para reduzir a multiplicação bacteriana nos filés de peixe experimentalmente contaminados nas duas concentrações utilizadas no estudo, mantendo as contagens abaixo do limite máximo admitido pela legislação brasileira. A utilização de cobertura de amido com óleo essencial de O. vulgare no controle de V. parahaemolyticus em pescados é uma alternativa promissora para o consumo seguro desses alimentos.