Ensaios em desigualdade socioeconômica em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pérez, Raquel Alves
Orientador(a): Tejada, César Augusto Oviedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15214
Resumo: A presente dissertação apresenta dois ensaios referentes à área de economia da saúde. No primeiro, o objetivo é analisar os métodos utilizados na área econômica para mensuração da desigualdade socioeconômica em saúde, e ilustrar suas aplicações. Foi realizada revisão da curva de Lorenz e do índice de Gini em saúde associado; da curva de concentração em saúde e do índice de concentração associado e suas extensões (o índice de concentração estendido e o índice de realização). Para tanto, são utilizados dados do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-BRASIL) e são analisados dois desfechos: limitações nas atividades da vida diária (LAVD) e limitações nas atividades instrumentais da vida diária (LAIVD). Os exercícios realizados mostram que existem desigualdades socioeconômicas na saúde dos idosos e a relevância dos métodos da economia na análise das desigualdades socioeconômicas em saúde. O segundo estudo estimou a magnitude da desigualdade socioeconômica na saúde autoavaliada para adultos com 50 anos ou mais, utilizando os dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-BRASIL). A desigualdade foi avaliada por meio do índice de concentração, com a normalização de Wagstaff. O índice de concentração foi decomposto para determinar a contribuição de características demográficas, socioeconômicas e de condição de saúde. Os resultados mostraram um índice de concentração de -0,2325, o que indica que, em adultos com 50 anos ou mais, a saúde autoavaliada como precária está concentrada nos pobres no Brasil. A desigualdade foi principalmente explicada pelo status socioeconômico, seguido por saúde (limitações nas atividades instrumentais da vida diária) e fatores demográficos (região, educação). Estes resultados apontam para a necessidade de reestruturação e fortalecimento de políticas públicas direcionadas à saúde de idosos mais pobres.