Avaliação subjetiva global e bioimpedância elétrica na avaliação nutricional pré-operatória: métodos comparáveis ou complementares?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Barbosa e Silva, Maria Cristina Gonzalez
Orientador(a): Barros, Aluísio Jardim Dornellas de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3405
Resumo: Objetivos: Com o objetivo de comparar a avaliação subjetiva global com a bioimpedância elétrica como métodos de avaliação nutricional, foram estudados de forma prospectiva 279 pacientes candidatos à cirurgia eletiva do aparelho digestivo. Métodos: Os pacientes foram avaliados durante as primeiras 72 horas de internação, sendo a avaliação subjetiva global realizada segundo Detzky e a bioimpedância elétrica segundo padronização de Lukaski. Foram calculados os seguintes índices pela bioimpedância elétrica: massa celular corporal em kg e em percentual do peso atual, razão massa extra celular/massa celular corporal (MEC/MCC), Nae/Ke, ângulo de fase(AF) e coeficiente de impedância elétrica (CIE), utilizando como pontos de corte os valores citados na literatura. Resultados: Não houve boa concordância entre os resultados obtidos pela avaliação subjetiva global e bioimpedância elétrica, sendo a melhor concordância obtida entre as mulheres, com a razão MEC/MCC maior 1,22 e AF. As médias dos diversos parâmetros da bioimpedância elétrica, no entanto, mostraram que, com exceção do percentual de massa celular corporal, todos os parâmetros aumentaram ou diminuíram conforme piora do estado nutricional segundo avaliação subjetiva global. A construção de curvas ROC para o AF e CIE mostraram que os pontos de corte da literatura utilizados tornam o teste muito sensível ou específico. Nenhum ponto de corte alternativo fornece ao teste sensibilidade e especificidade adequadas. Porém é possível estabelecer pontos de corte com alta sensibilidade e especificidade para que o método seja usado para rastreamento dos pacientes hospitalizados com desnutrição. Conclusões: Embora os métodos não sejam comparáveis, a avaliação subjetiva global e a bioimpedância elétrica podem ser complementares na avaliação do estado nutricional em pacientes cirúrgicos.