Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Scaglioni, Taís P. |
Orientador(a): |
Gomes, Roseli Gueths |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Meteorologia
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Departamento: |
Faculdade de Meteorologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4976
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Resumo: |
Neste trabalho são analisados aspectos sinóticos e de mesoescala associados à formação de Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) no sul da América do Sul (AS) que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul (RS) em algum momento durante seu tempo de vida. O período selecionado envolve o mês de fevereiro dos anos 2002 a 2005. Dentre os SCM identificados, dois casos foram escolhidos para estudo individual porque um adentrou no RS e outro não, apesar de apresentarem duração total semelhante e resultarem da interação entre vários SCM. Também foram analisados seis SCM, três observados em março/2002 e três em fevereiro/2003, para identificar campos preditores da sua ocorrência algumas horas antes da sua formação. A base experimental para a realização deste trabalho incluiu imagens de satélite geoestacionário, valores de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) nos Oceanos Atlântico e Pacífico, dados observados de estações meteorológicas de superfície localizadas no RS e simulações obtidas com o modelo MM5. A comparação entre as anomalias de precipitação com o campo climatológico mostrou que o mês de fevereiro de 2003 foi extremamente chuvoso, enquanto que em fevereiro de 2002, 2004 e 2005 houve déficit de precipitação. A quantidade de SCM que atingiu o RS em fevereiro de 2003 foi aproximadamente seis vezes superior à observada nos outros meses. Os valores das anomalias de TSM no Oceano Atlântico influenciaram decisivamente sobre a intensidade da atividade convectiva observada no sul da AS. Os horários e localizações geográficas de início e de término dos SCM, bem como a direção preferencial de deslocamento dos mesmos, foram diferentes para cada um dos meses analisados. A análise individual de dois casos mostrou diferenças nos campos termodinâmicos e cinemáticos. Particularmente, o campo de vento em superfície agiu decisivamente, favorecendo ou impedindo a penetração dos SCM no Estado. Os melhores resultados para previsão de SCM foram encontrados para o intervalo de seis horas antes da sua formação. Na região onde os SCM se formaram os valores de razão de mistura estavam próximos de 10 g/kg e o ar estava bastante úmido na camada superfície/850 hPa. Os índices de instabilidade K e Total-Totals indicaram que valores a partir de 15ºC e 40ºC, respectivamente, são bons indicadores da ocorrência de SCM. Valores de velocidade horizontal superiores a 15 m/s no nível 850 hPa foram encontrados ao norte/nordeste dos SCM mais intensos. Foi proposta uma metodologia de previsão para o período de seis horas antes da formação dos SCM observados em condições sinóticas semelhantes às analisadas neste trabalho. |