Quem são as pessoas politicamente invisíveis? uma análise do campo político e das candidaturas trans nas eleições municipais brasileiras de 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silveira, Miguel Soares
Orientador(a): Schulz, Rosângela Marione
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11104
Resumo: O presente estudo baseia-se na exploração do campo político brasileiro e na análise das candidaturas de pessoas trans no processo eleitoral municipal de 2020, entendendo de que forma ocorre esse fenômeno e observando dados constantes da base do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A partir das abordagens da consolidação do ativismo trans, da representação descritiva, da constituição do sujeito e do poder, bem como da análise da ocupação da arena eleitoral através do conceito de capital político, a dissertação em epígrafe pretende dar maior visibilidade às pesquisas que versam sobre gênero e política, mais precisamente quanto às demandas de pessoas trans. Consoante toda a estrutura sistêmica da política nacional de exclusão e marginalização de pessoas trans, o objetivo desta pesquisa é entender o porquê falta representação de pessoas trans no Legislativo brasileiro e o porquê do índice de pessoas trans eleitas é extremamente ínfimo, ao passo que se pretende explorar a literatura quanto ao assunto e trazer discussões importantes para uma maior evidência dessas pautas de orientação sexual e identidade de gênero. À luz dessa discussão, portanto, e em linhas gerais, pode-se destacar que o trabalho possibilitou manifestar e exibir uma discussão sobre a importância das candidaturas de pessoas trans na esfera da política nacional, oportunizando, por conseguinte, que sejam propostas políticas públicas, discussões e deliberações a favor desse segmento social, historicamente marginalizado. Explica-se esse fenômeno, enfim, por conta da violência que sofrem as pessoas LGBTQIAPN+ (em especial as pessoas trans) e a falta de acúmulo de capital político como consequência de todo esse aparato moldado para excluir vivências dissidentes da norma cisheteronormativa.