Potenciais efeitos de frutos de Eugenia uniflora na prevenção de alterações neuroquímicas e comportamentais em modelo animal de estresse crônico imprevisível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Flores, Natália Porto
Orientador(a): Stefanello, Francieli Moro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10626
Resumo: A depressão é um transtorno psiquiátrico relativamente comum, associado com significativa morbidade e mortalidade. Apesar do grande número de tratamentos farmacológicos, a taxa de sucesso dos antidepressivos não é maior que 50-60%. Desta forma, é de grande interesse a busca por novas terapias que possam auxiliar no tratamento desta doença. Considerando o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da administração crônica de extrato de frutos de Eugenia uniflora (pitanga) em parâmetros comportamentais, de estresse oxidativo e na atividade da acetilcolinesterase em córtex pré-frontal e hipocampo de animais submetidos ao modelo de depressão induzida pelo estresse crônico imprevisível (ECI). Nossos resultados demonstraram que o tratamento com pitanga preveniu o efeito tipo depressivo induzido pelo ECI. Adicionalmente, o extrato de E. uniflora regulou a atividade da acetilcolinesterase, reduziu a lipoperoxidação e a produção de espécies reativas de oxigênio tanto em córtex pré-frontal quanto em hipocampo de animais submetidos ao ECI. Ainda, foi capaz de prevenir a redução na atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase em hipocampo. O conteúdo tiólico total foi reduzido pelo ECI somente nesta estrutura e o extrato não foi capaz de impedir esta alteração. Nenhuma modificação foi observada na atividade da enzima superóxido dismutase nas duas estruturas cerebrais testadas. Em conjunto, nossos achados sugerem um efeito neuroprotetor da pitanga por prevenir o comportamento tipo depressivo, dano oxidativo e aumento da atividade da acetilcolinesterase induzidos pelo ECI. E ainda, nossos dados fornecem mais evidências da importância da acetilcolinesterase e estresse oxidativo na fisiopatologia da depressão.