Physalis pubescens L: avaliação físico química, bioativa, antioxidante, antimicrobiana e antitumoral de frutos oriundos da região Sul do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zimmer, Tailise Beatriz Roll
Orientador(a): Zambiazi, Rui Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
UFP
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4312
Resumo: Considerada uma planta alimentícia não convencional (PANC), a Physalis pubescens L possui frutos exóticos com sabor e formato diferenciados. Espécie pouco explorada e estudada, a Physalis se caracteriza por apresentar compostos bioativos que conferem propriedades funcionais e biológicas. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar frutos de Physalis pubescens L oriundo da produção espontânea na região Sul do Rio Grande do Sul, quanto à composição físico quimica, bem como avaliar o potencial bioativo, antioxidante, antibacteriano e antitumoral da polpa e das sementes do fruto. Para isso, amostras foram coletadas no interior do município de Cerrito na região sul do Rio Grande do Sul / Brasil, oriundas de plantio espontâneo e colhidas no ponto de maturação e avaliadas quanto a pH, acidez, sólidos solúveis, umidade, cinzas, proteína bruta, fibra bruta, lipídeos, carboidratos e valor calórico total. Também foi determinado o conteúdo de compostos fenólicos, flavonoides, ácidos fenólicos e de carotenoides, além de ensaios antioxidantes pelos métodos de DPPH, ABTS e FRAP, ensaios antibacterianos pelos métodos de disco de difusão e concentração inibitória mínima (CIM) e ensaios antitumorais através do teste de MTT sobre as linhagens B16F10, GL261, C6 e cultivo primário de astrócitos (células não tumorais) in vitro. Pelos resultados foi possível observar que o fruto é ácido registrando pH de 3,76, elevada acidez (4,8%), e possui considerável teor de lipídeos 1,96% (b.u). Os maiores teores de compostos bioativos foram encontrados na polpa, obtendo valor médio de 142,83 mg EAG.100g-1 (b.s) para compostos fenólicos; 136,21 μg EQ. g-1(b.s) para flavonoides e 171,36 μg β-caroteno.g-1(b.s) para carotenoides. O método FRAP apresentou o maior resultado para a atividade antioxidante na polpa (738,16 μM sulfato ferroso.g-1 b.s) e o DPPH na semente do fruto (280,77 μM de trolox.g-1 b.s). No teste de potencial antibacteriano apenas o método de disco de difusão apresentou halos de inibição frente às bactérias (Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes), não sendo verificados halos para a E.coli. Quanto aos ensaios antitumorais, os resultados para as linhagens de glioma C6, melanoma B16F16 e GL 261, foram dependentes do extrato, da concentração utilizada e do tempo de análise, sendo que ambos os extratos (polpa e semente) reduziram a viabilidade celular. Foi possível concluir que os frutos de Physalis pubescens apresentaram valores nutricionais importantes, além disso, os extratos hidroalcoólicos da polpa e da semente apresentaram efeitos significativos no perfil bioativo, antioxidante e antitumoral.