Utilização e comercialização de plantas alimentícias não convencionais nos municípios de Barra Mansa, Pinheiral e Volta Redonda, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chagas, Vivian Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
UFP
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28772
Resumo: O modelo de produção agrícola atual precisa de mudanças que favoreçam o desenvolvimento de sistemas alimentares justos e sustentáveis. Neste sentido, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), podem se inserir como um recurso natural promissor, pois elas apresentam muitas vantagens. Além de ser fonte de substâncias benéficas à saúde, também podem contribuir para a aproximação de produtores e consumidores nas cadeias produtivas e no fortalecimento de tradições que envolvem a alimentação local. Mas para que a introdução aconteça, é necessário conhecê­las e ingressa­las na alimentação de forma segura. Sendo assim, este trabalho objetivou identificar os principais pontos de comercialização e os agentes­chave da cadeia produtiva nos municípios de Barra Mansa­RJ, Pinheiral­RJ e Volta Redonda­RJ, assim como identificar o perfil dos consumidores de PANC nos municípios do estudo. O levantamento de dados com os produtores foi realizado por entrevistas na forma presencial e com os consumidores por questionários on­line. Os dados obtidos a partir de entrevistas e questionários foram organizados, analisados e apresentados por meio de figuras e tabelas. A partir deste trabalho foi possível identificar 25 PANC comercializadas nos municípios do Sul Fluminense, sendo a feira o local mais utilizado pelos agentes­chave das cadeias produtivas para realizarem a sua comercialização. Além disso, foi possível identificar que existe o consumo de PANC na região, visto que entre todos os entrevistados na pesquisa 94,72% apontaram já terem consumido alguma PANC dentre as apresentadas no estudo. Entre as PANC mais consumidas estão: taioba, açafrão, mamão verde, bertalha, serralha, almeirão de árvore, ora­pro­nóbis, jaca verde, banana verde, transagem, peixinho e caruru. Entre os dados que merecem destaque estão as fontes de informação obtidas principalmente através de familiares ou amigos, a frequência de consumo de PANC que alcançou 60% das respostas distribuídas entre pelo menos uma vez por mês e toda semana, o local de obtenção das PANC que demonstrou a influência de pessoas e dos domicílios no compartilhamento e uso das espécies. No entanto, as formas de consumo das PANC apresentadas por alguns consumidores e a citação dos males que elas podem causar revelaram a necessidade de maior disseminação do conhecimento sobre a forma adequada de preparo e consumo das PANC na alimentação, para que, enfim, possam favorecer a segurança alimentar, a saúde, a economia e geração de renda da população local e também a biodiversidade e a sustentabilidade.