Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Waller, Stefanie Bressan |
Orientador(a): |
Meireles, Mario Carlos Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
|
Departamento: |
Faculdade de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8027
|
Resumo: |
O itraconazol é o fármaco de eleição no tratamento da esporotricose humana e animal, entretanto, o surgimento de Sporothrix brasiliensis com resistência in vitro tem incentivado os estudos com plantas da família Lamiaceae como fontes promissoras de moléculas antifúngicas. Dessa família, os óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e manjerona (Origanum majorana L.) têm se destacados pela atividade antifúngica e baixa citotoxicidade. Essa tese objetivou avaliar a atividade dos óleos essenciais de plantas da família Lamiaceae em isolados clínicos de Sporothrix spp. e na esporotricose cutânea experimental por S. brasiliensis resistente ao itraconazol. Quarenta ratos Wistar adultos machos foram inoculados via subcutânea no coxim plantar esquerdo (2×105 células/mL) e, dez dias após, receberam tratamento oral (1 mL) por 30 dias nos seguintes grupos experimentais (n=10): controle com solução salina com propilenoglicol 1% (CONT); itraconazol a 10 mg/kg (ITRA); óleos essenciais de alecrim a 90 mg/ml (ALEC) e manjerona a 30 mg/ml (MANJ). Semanalmente, a evolução clínica era acompanhada e a eutanásia realizada para histopatologia e contagem fúngica (retro-isolamento). Ainda, os óleos foram avaliados por cromatografia gasosa com espectrometria de massas, e o mecanismo de ação pelos ensaios de proteção do sorbitol e efeito do ergosterol. Os resultados revelaram que os animais dos grupos ALEC e MANJ apresentaram remissão dos sinais clínicos, com ausência de edema e exsudato no membro inoculado, ao passo que CONT e ITRA mantiveram os sinais da doença. Ainda, a disseminação do S. brasiliensis para os órgãos foi menos observada no fígado, baço, linfonodos, rins e testículos dos grupos ALEC e MANJ em comparação ao CONT e ITRA (P < 0.05), revelando uma proteção sistêmica a partir da infecção subcutânea. Essa observação foi relacionada com a composição química, cujos compostos prevalentes foram terpineol-4 (34,09%) e γ-terpineno (14,28%) em manjerona, e 1,8-cineol (47,91%) e cânfora (12,47%) em alecrim. Não houve alteração nos valores da concentração inibitória mínima (CIM) quando adicionado o protetor osmótico, demonstrando ausência de atividade à nível de parede celular, ao passo que o uso do ergosterol elevou os valores de CIM, revelando que ambos óleos apresentaram atividade a nível de complexação com o ergosterol. Esse estudo demonstrou a eficácia do uso oral de alecrim e manjerona no tratamento da esporotricose cutânea experimental, sendo promissores como antifúngicos. |