Efeito de hospedeiros e temperaturas na biologia de Anastrepha grandis (Macquart, 1846) (Diptera: Tephritidae) e comprovação em campo, do modelo de exigências térmicas obtido em laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bolzan, Anderson
Orientador(a): Nava, Dori Edson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Entomologia
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8727
Resumo: Anastrepha grandis é conhecida como mosca-das-cucurbitáceas-sul-americana e caracteriza-se por atacar espécies nativas ou introduzidas de cucurbitáceas. Embora o inseto cause danos devido a sua infestação nos frutos, as maiores perdas se referem aos embargos na exportação. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de hospedeiros e temperaturas na biologia de A. grandis e comprovar em campo, o modelo de exigências térmicas obtido em laboratório. Para o estudo da biologia foram utilizados sete hospedeiros, sendo: abóbora de tronco (Cucurbita pepo), abóbora (Cucurbita moschata), chuchu (Sechium edule), melancia mini (Citrullus lanatus), melão espanhol (Cucumis melo), abóbora híbrida “Tetsukabuto” (Cucurbita maxima x Cucurbita moschata) e pepino salada (Cucumis sativus). Para avaliar o efeito da temperatura no desenvolvimento biológico de A. grandis foram utilizadas as temperaturas constantes de 15, 20, 25, 30, 35°C. Anastrepha grandis apresentou um melhor desenvolvimento nos hospedeiros do gênero Cucurbita em relação aos demais gêneros testados, o hospedeiro que desenvolveu um maior número de insetos foi a abóbora híbrida “Tetsukabuto” e o hospedeiro em que os insetos se desenvolveram em menor tempo foi a abóbora de tronco. Os hospedeiros do gênero Cucumis, melão espanhol e pepino salada, apresentaram baixa viabilidade para o estágio larval. Já os hospedeiros que não propiciaram desenvolvimento dos insetos foram a melancia e o chuchu. Com relação à temperatura que proporcionou maior viabilidade nos estágios imaturos de A. grandis criadas em abóbora de tronco foi a de 25°C, porém houve desenvolvimento na faixa de temperatura entre 15 e 30°C. Na temperatura de 35°C não ocorreu desenvolvimento de A. grandis. As temperaturas mais baixas, 15 e 20°C, apresentaram uma maior viabilidade nos estágios imaturos. A temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) para estágio de ovo e pupa foram de 8,3°C para ambos os estágios e 132,3 GD para o estágio de ovo e 347,0 GD para o estágio de pupa, já para o período ovo-adulto este valor foi de 5,2°C e de 858,7 GD. A partir dos dados de temperatura coletados a campo, verificou-se que o acúmulo de graus-dia (937,9 GD) e o período ovo-adulto (79,7 dias) de A. grandis foi semelhante ao estimado em laboratório com diferenças de 9,2% e 6,4%, respectivamente.