A linha do desenho embebida no Lacināris: devaneios e ressonâncias do imaginário.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Folha, Matheus Saraçol
Orientador(a): Senna, Nádia da Cruz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Departamento: Centro de Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5514
Resumo: Esta pesquisa surge como criação de um mundo ficcional visibilizado pelo desenho. Assim, os capítulos apresentados em forma de livros individuais buscam incentivar uma ordem de leitura qualquer. Tais livros possuem os seguintes temas: uma apresentação sobre meu repertório imagético, trazendo brevemente as animações, histórias em quadrinhos, filmes e séries que assisto/assisti e que em meu entendimento estão presentes nos trabalhos que faço. Neles busco evidenciar as afetividades em torno de narrativas ficcionais, assim contextualizando o momento em foi notada esta predileção pela mesma; abordagens na forma de registros e pequenos textos os trabalhos surgidos a partir da pesquisa, delimitando conceitos de desenho, imaginário e ficção; o ultimo discorre acerca do desenho, do desenhar e da folha de papel visibilizando o modo de pensa-los dentro do processo criativo. Assim penso o desenho como um ato ficcional por estar em uma sociedade atarefada e sem tempo para reflexões, o desenhar como um método de devaneio, a folha de papel como fronteira das criaturas que se fazem presentes em sua superfície. Para aprofundar a importância da imagem no processo de criação, parto de Gaston Bachelard (2001), apresentando um lago do imaginário elaborado com influências de leitura sobre Gilbert Durand (2012). Assim surge o Lǎcināris, um lago de meu imaginário onde estão todas as imagens que já vi. Apresento também o processo de criação dos trabalhos produzidos através dele. Para contextualizar a sociedade contemporânea em que esta pesquisa é pensada, utilizo Byung-Chul Han (2017), seguido de artigos de jornais os quais uso para refletir às condições da população presentes em uma sociedade do cansaço (HAN, 2017). Para tal, apresento a imagem e a ficção partindo do pressuposto de que tal sociedade pode atribuir uma visão inferior à elas, somando a tal problemática trago artistas que trabalham com diversos pontos de vistas dessa sociedade, tais como, Michael Majerus (1954 – 2002), Fernando Duval (1937), Moebius (1938 – 2012), Agnes Meyer-Brandis (1973) e Patricia Piccinini (1965).