Atividades in vitro dos óleos essenciais de Cuminum cyminum, Anethum graveolens e Thymus vulgaris sobre Haemonchus contortus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro , Leonardo Mortagua de
Orientador(a): Berne, Maria Elisabeth Aires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7986
Resumo: Os nematódeos gastrintestinais são os maiores causadores de perdas na ovinocultura, entre eles se destaca Haemonchus contortus. O controle desses nematódeos se dá basicamente com a utilização de anti-helmínticos comerciais, porém, estes vem demonstrando uma considerável diminuição na sua eficiência. Com isso, a necessidade de busca por novas alternativas de controle a estes parasitos é de suma importância. As plantas medicinais são utilizadas desde as civilizações mais antigas no controle de diversas doenças, inclusive de parasitoses, em vista disto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a ação in vitro dos óleos essenciais das plantas aromáticas Anethum graveolens (endro), Cuminun cyminum (cominho) e Thymus vulgaris (tomilho), em ovos e larvas (L1 e L3) de H. contortus, descrever os seus principais constituintes e determinar a concentração inibitória 50% (CI50). Para isto, os óleos essenciais (OEs) das plantas foram extraídos de sementes, através do aparelho de clevenger e para determinar os principais constituintes foi realizado a cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa. Os ovos e larvas foram obtidos através da coleta de fezes de ovinos naturalmente infectados. Foram realizados o teste de inibição da eclosão de ovos (IE), teste da inibição da migração larval (IML) e teste da inibição do desenvolvimento larval (IDL). As concentrações utilizadas dos OEs foram: 9,4; 4,7; 2,35; 1,17; 0,58; 0,29 mg/mL, todos os testes acompanhados de controle positivo com anti-helmíntico comercial, controle negativo com água destilada e controle com tween. Os resultados obtidos na maior concentração dos diferentes OEs (9,4mg/mL) para IE foram 100%, 98,62% e 100%, para IDL foram de 98,58%, 69,12%, 100% e para IML foram de 63,7%, 23,45% e 95.30% para A. graveolens, C. cyminum e T. vulgaris, respectivamente. Os constituintes majoritários presentes no OE de A. graveolens foi o Dihydrocarvone (39.1%), no OE de C. cyminum o Cumaldehyde (27,39%) e no OE de T.vulgaris o endo-Borneol (30.48), respectivamente. A CI50 foi de 0.7642 mg/mL, 0,0012 mg/mL e 0,1373 mg/mL (IE), 0.8297 mg/mL, 3.70 mg/mL e 0,8056 mg/mL (IDL) e 2.234 mg/mL, 104,34 mg/mL e 0,7253 mg/mL (IML), para A. graveolens, C. cyminum e T. vulgaris, respectivamente. Baseados nos resultados aqui apresentados pode-se concluir que os OEs avaliados tem ação sobre as diferentes fases de desenvolvimento do H. contortus, portanto com potencial para obtenção de biomoléculas com atividade anti-helmíntica.