Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Reis, Maria Joilma Ferreira dos |
Orientador(a): |
Sparemberger, Alfeu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4811
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Resumo: |
Esta dissertação investiga o livro Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus, a partir dos conceitos de contra literatura, de Mouralis (1982), e contra hegemonia, de Gramsci. Por meio de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, ancorada na inter-relação entre Literatura e Sociedade, compreende a obra da autora como manifestação ou representação de uma voz excluída em pleno momento histórico do desenvolvimento econômico brasileiro. A autora desponta com o diário, tecendo críticas aos políticos, expondo a miséria e a fome de um país em processo de superação do subdesenvolvimento, mas incapaz de assistir a todos. Aplicando a discussão de Gayatri Spivak (2010), é visível que às subalternas - escritora e personagem - restou ser resistência frente ao processo hegemônico do desenvolvimento e à Literatura produzida pela “elite letrada” que insistia em esquecê-las, deslocadas para as margens da sociedade. Para a discussão sobre resistência, utilizamos Bosi (2002), buscando entender como a resistência se apresenta no texto e a relação entre a escrita e os excluídos. A partir de Hugo Achugar (2006), consideramos o diário como um texto capaz de manifestar outras memórias e contribuir para a construção de uma narrativa mais democrática da nação brasileira. Portanto, a produção literária de Carolina enquanto resistência evidencia um caminho mais democrático tanto para a inclusão de outras narrativas - a construção de um discurso de nação heterogêneo – quanto o do próprio fazer literário. |