Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
STEFANO, Beatriz Andrade |
Orientador(a): |
CRUZ, Nina Velasco e |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49326
|
Resumo: |
Os atravessamentos entre a ficção e o real são cada vez mais sutis e menos demarcados quando pensamos nas imagens produzidas para redes sociais. A intensa produção de si mesmo através da imagem compartilhada em plataformas digitais parte de uma indiscernibilidade, entre o real e a ficção, constitutiva do sujeito contemporâneo. No cinema contemporâneo, podemos pensar sobre essa condição na aproximação com as artes visuais. A pesquisa faz um recorte e seleciona três documentários brasileiros e contemporâneos que apresentam uma relação intensa entre a performance e a teatralidade, resultando em um investimento no corpo, ao mesmo tempo em que a imagem o denuncia enquanto manipulação. Com base nos escritos de Josette Féral (2015) sobre a performance e a teatralidade, o trabalho busca analisar a dimensão performática que confere à imagem uma experiência do vivido e a teatralidade que denuncia o ordenamento da cena. O corpus da pesquisa é composto pelos documentários: Era o Hotel Cambridge (2016) de Eliane Caffé; Swinguerra (2019) de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca; e AGORA (2020) de Andréa Ferraz. Além dessa aproximação formal, também existe um contexto político no qual tais filmes estão inseridos. Todos eles, à sua maneira, abordam os desdobramentos de políticas neoliberais em um contexto micropolítico, como elas afetam a relação do sujeito com o outro e no contato consigo mesmo. O gesto é decisivo para pensarmos a dimensão política nesses documentários, pois ele cria uma tensão na relação apaziguada entre o real e a ficção na imagem. Diante disso, a noção do gesto será pensada sob uma perspectiva da não normalização dos nossos movimentos corporais, frutos de uma constituição social mediada por dispositivos de controle. “No cinema, uma sociedade que perdeu seus gestos, procura reapropiar-se daquilo que perdeu e, ao mesmo tempo, registra sua perda. ” (AGAMBEN, 2015, p. 54). |