Diversidade de bactérias tolerantes ao naftaleno das areias da Praia de Suape-PE e produção simultânea, por Pseudomonas aeruginosa, de ramnolipídeo e polihidroxialcanoato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, Danilo Mamede da Silva
Orientador(a): KATO, Mario Takayuki
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12884
Resumo: Acidentes causados por petróleo e derivados representam um problema devido a sua persistência e difícil assimilação no meio ambiente. Para que ocorra a biodegradação do produto oleoso, é necessário que haja a interação das gotas de óleo com os microrganismos, podendo ser mediada por biossurfactantes. Os biossurfactantes do tipo ramnolipídeo são constituídos por uma ou duas moléculas de raminose ligada a uma ou duas moléculas de -hidrozidecanóico sendo produzidos principalmente por Pseudomonas aeruginosa. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o potencial de biodegradação do naftaleno e do catecol, por bactérias isoladas da areia da praia de Suape, e avaliar a produção simultânea do biossurfactante ramnolipídeo e o polímero polihidroxialcanoato, utilizando estirpes de Pseudomonas aeruginosa, isoladas de poços de petróleo do Canto do Amaro-RN. Foram realizados o isolamento, seleção e identificação de microrganismos endógenos da areia da praia de Suape; posteriormente foram realizadosensaios de produção e identificação do biossurfactante ramnolipídeo com substrato hidrofílico (glicerol); e ensaios de microscopia eletrônica de varredura transmissão para detecção de polihidroxialcanoatos (PHA) e ensaios de ecotoxicidade. Durante todos os ensaios foram realizadas medições de: pH, crescimento microbiano, produção de ramnolipídeo através da determinação da concentração de raminose e análise cromatográfica por LCMS-IT-TOF. A análise dos resultados evidencia que a produção do biossurfactante ramnolipídico, para as linhagens bacterianas estudadas, nem sempre está associada ao crescimento celular. O glicerol proveniente da refinaria do biodiesel se mostrou promissor para a produção de metabólitos tensoativos como os ramnolipídeos, sendo a linhagem DAUFPE-563 a que melhor que produziu, 3,27 g/L de raminose com 120 horas de fermentação. As bactérias isoladas da praia de Suape não apresentam potencial genético para a degradação de hidrocarbonetos poliaromáticos. Este trabalho permitiu fortalecer os conhecimentos em relação à petroderivados, quanto aos principais constituintes que conferem toxicidade e persistência no ambiente, e destacar os biossurfactantes produzidos através de um resíduo, como um recurso para minimizar danos ao meio ambiente.