Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
XAVIER, Diego de Arruda |
Orientador(a): |
BARCELLOS, Roberto Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25163
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Resumo: |
O objetivo desta tese é descrever e compreender a sedimentação recente do médio e baixo estuário do rio Capibaribe por meio de parâmetros sedimentológicos, susceptibilidade e geoquímicos (porcentagem de carbonato de cálcio, conteúdos de matéria orgânica total MOT, taxa de sedimentação, concentração de metais) associando as mudanças antrópicas ocorridas no sistema estuarino e inferir nos valores de referência para metais. Em novembro de 2012 foram recuperados dois testemunhos. O testemunho T2 (158 cm), localizado no baixo estuário, registrou taxa de sedimentação de 0,45 cm.ano⁻¹ e três fácies sedimentares com características diferentes. A Unidade 1 (anterior a 1812 a 1856) indicou eventos ocorridos antes da primeira grande intervenção antrópica para o baixo estuário, apresentando sedimentação estuarina e concentrações naturais de metais. A Unidade 2 (1856-1972) registrou o início das obras de ampliação do Porto do Recife, com incrementos nas porcentagens da fração areia e decréscimos nas porcentagens de lama, MOT e nas concentrações de metais. Por fim, a Unidade 3 (1972-2012) apresentou a influência antrópica no estuário, com alta sedimentação da fração fina do sedimento, MOT e registro de contaminação antrópica de chumbo, arsênio e zinco. O segundo testemunho coletado (T5 – 178 cm) registrou taxa de sedimentação de 0,52 cm.ano⁻¹ e quatro unidades com características sedimentares diferentes. A Unidade 1 (anterior a 1812) apresentou características de ambiente de manguezal com predominância de sedimentos finos, altas porcentagens de MOT e concentração de metais pesados provavelmente de origem natural. A Unidade 2 (1812-1937) apresentou um leve incremento nas porcentagens de areia e diminuição na fração fina, conteúdos de MOT e concentração de metais pesados. Esta característica pode estar associada aos processos de expansão urbana e da monocultura da cana de açúcar ocorrida no médio estuário do rio Capibaribe. A Unidade 3 (1937-2004) apresentou as maiores porcentagens de areia, com baixas porcentagens da fração fina, conteúdos de MOT e concentrações de metais. Esta unidade representou a intensificação dos processos de expansão urbana da cidade do Recife. A Unidade 4 (2004-2012) apresentou incrementos na sedimentação da fração fina, conteúdos da MOT e concentração de metais pesados. Esta última característica é provavelmente consequência do reflorestamento da vegetação de mangue marginal do estuário, devido aos projetos ambientais criados pela Prefeitura do Recife nos anos 2000. As diferentes unidades sedimentares registradas nos dois testemunhos podem ser reflexos das intervenções antrópicas ocorridas no estuário, tais como: desmatamento da mata atlântica, desmatamento dos manguezais, aterramentos de áreas alagadas para expansão urbana, dragagem do canal principal do estuário, ocupação desordenada do solo entre outros. O testemunho do baixo estuário registrou picos de sedimentos finos, MOT e metais pesados (4, 16 e 72 cm) reportando provavelmente eventos de chuvas intensas e inundações para o estuário do rio Capibaribe, ocorridas em 2010, 1975 e 1849. Em relação aos metais, os valores de referência para o estuário do rio Capibaribe registraram para manganês de 292,2 mg.kg⁻¹, ferro de 2,7%, cobalto de 10,4 mg.kg⁻¹, níquel de 22,2 mg.kg⁻¹, cobre de 60,8 mg.kg⁻¹, Zinco de 105,5 mg.kg⁻¹, arsênio de 106,0 mg.kg⁻¹ e chumbo de 52,9 mg.kg⁻¹. |