“Feminismo é revolução!” : coletivos feministas e suas práticas políticas
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57143 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo compreender a atuação política das coletivas feministas de Recife, a partir de suas formas de organização, dos ideários que defendem e das redes de relações que percorrem no campo feminista. As coletivas feministas acompanhadas durante a pesquisa, embora compartilhem dos mesmos contextos de atuação, apresentam formas de articulação e ação diversas. Por outro lado, possuem algumas características em comum, por exemplo, são formadas em sua maioria por mulheres jovens que estão inseridas no contexto acadêmico, o que, consequentemente, acaba construindo uma relação intercambiável entre a militância e o campo de produção de conhecimento numa perspectiva feminista. Nesse sentido, as coletivas feministas etnografadas atuam a partir de orientações ideológicas como o anarquismo, o veganismo e o autonomismo, propondo ainda uma organização horizontal e pautada na “política do afeto” (CARMO, 2013). Com um olhar para o campo orientado a partir da Antropologia feminista (MOORE, 2009) que propõe uma etnografia crítica e que leva em consideração as relações de poder presentes no campo, articulada a uma compreensão da produção do conhecimento como um ato político comprometido com as sujeitas da pesquisa, partindo de um olhar situado e corporificado nos termos de Donna Haraway (1995), delineamos o percurso teórico-metodológico. Sendo assim, foram acompanhados eventos, reuniões e atos públicos organizados e realizados pelas coletivas feministas, ora individualmente, ora em parceria, seja entre elas ou com outros/os atores/atrizes do campo de luta feminista de Recife-PE, com destaque para eventos de grande mobilização e participação como o 8 de março (Dia Internacional da Mulher) de (2019) e a Marcha das Vadias (2019). Contudo, é preciso salientar que algumas ferramentas metodológicas necessitaram de adaptações devido o contexto de desenvolvimento desta pesquisa ter sido perpassado pela pandemia do Covid-19. Tal contexto não somente provocou adaptações nos fazeres das pesquisas, mas também nas formas de ativismo e atuação política das coletivas feministas, algo observado nesta pesquisa. Outro evento atenuante que produziu modificações nas ações das coletivas acompanhadas foi o horizonte social e político instaurado após a vitória do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (2019-2022). |