Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Maria Santana Furtado Soares, Margarida |
Orientador(a): |
Luíza Neto Siqueira, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4402
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Resumo: |
O estudo buscou compreender como os professores de formação profissional expressam as representações sociais sobre o processo de construção dos saberes utilizados na sua prática pedagógica, verificando como articulam sua experiência profissional à docência e como se dá a reflexão dessa prática. Inferiu-se, como categoria analítica, a formação profissional dentro de um cenário que inclui educação e trabalho. Em tal perspectiva foram tratados os saberes com os aportes teóricos de Zeichner (1993), Argyris (1974), Schön (1994), Gauthier (1998) Charlot (2000), Freire (2002), Tardif (2002), Guimarães (2004). Agregou-se ao estudo a Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici (2003), como aporte teóricometodológico, para ampliar a compreensão da realidade percebida. Neste trabalho, o Sebrae/PE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco, serviu de campo empírico, sendo os professores de formação profissional os sujeitos da pesquisa. Como caminho metodológico, usamos abordagem predominantemente qualitativa. A entrevista semi-estruturada foi utilizada como instrumento básico. A análise documental e o questionário foram instrumentos de apoio. Ser professor de formação profissional, visto por quem não é egresso de curso de formação docente que, no entanto, desenvolve atividades de ensino, revela a necessidade de um suporte teórico-conceitual consistente, experimentado no contexto de trabalho, e de um saber pedagógico entendido como fundamental à prática docente e às condições para o aluno aprender. Os saberes que constroem, mostram-se, fundamentalmente, como saberes experienciais, gestados em múltiplos espaços e modos de aprendizagem diversificados. São saberes organizativos, saberes cognitivos e saberes afetivos que, articulados, permitem que as funções pedagógicas de gestão da classe, gestão da matéria e interação professor-aluno apóiem o processo de ensino e de aprendizagem. Entre os saberes organizativos, tem destaque a busca desses professores em disporem de um ambiente propício à aprendizagem, procurando identificar os espaços culturais e sociais que caracterizam a realidade e a necessidade do aluno. Em relação aos saberes cognitivos, a ênfase é na transmissão de conteúdos, embora se considere a construção do conhecimento como processo ativo, sendo a sala de aula o espaço para proporcionar condições de elaborar, de refletir e de argumentar, produzindo ações que facilitem atribuição de sentido aos conteúdos a serem ensinados, assim como, incentivar a criação de significados conjuntos entre professor e aluno. Os saberes afetivos articulam todos os saberes, procurando tornar os alunos parceiros da interação pedagógica. Os professores revelam que os saberes que possuem não atendem, integralmente, à prontidão e ao repertório que precisariam dispor para o tipo de aluno ao qual ensinam. Mantêm uma vinculação com as entidades de ensino fundadas na sua competência pessoal, com autonomia reduzida dentro do espaço institucional, centrando suas atividades em prestação de serviços, basicamente restritas ao ensino, em que predominam repasses de produtos que recebem prontos para executar. Percebe-se constantemente desafiado na busca de atualização e em sua permanência no mercado, fator que acirra, muitas vezes, a competitividade entre os próprios docentes. Apontam que pesquisa na área de educação profissional é uma necessidade para fundamentar e tratar as especificidades do campo |