Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
BEZERRA, Luciana Ângelo |
Orientador(a): |
SILVA, Hilton Justino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32741
|
Resumo: |
Sistema estomatognático é constituído por estruturas estáticas/passivas e dinâmicas/ativas, cuja interligação fornece base para o desenvolvimento das principais funções vitais do organismo (respiração, sucção, mastigação, deglutição) e sociais (fonação e articulação). A mastigação é uma função aprendida e é dependente da integração desse complexo de estruturas estáticas e dinâmicas, sendo controlados pelo sistema nervoso central. O SE está bastante interligado com a postura corporal, alterações no modo mastigatório pode levar a alterações na postura corporal, podendo ser uma via bidirecional, pois nosso corpo é constituído por uma imensa cadeia muscular. Logo o objetivo foi caracterizar o lado de preferência mastigatório e suas relações com a atividade elétrica muscular, postura cervical e descarga de peso podal em crianças. O estudo foi realizado no Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco, com crianças de ambos os sexos, de 10 a 12 anos de idade, saudáveis. Após autorização dos responsáveis e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido foi iniciado o estudo. As fichas de avaliação e o índice anamnésico de disfunção têmporo-madibular (DTM) de Fonseca foram preenchidos, e em seguida foi realizada a parte prática da avaliação (tipo de arcada dentária; tipo de mordida; eletromiografia de superfície; biofotogrametria; baropodometria digital; mastigação). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (Parecer: 1.095.782). Os dados foram organizados em planilha Excel® e analisados com o programa SPSS® na versão 21.0.0 para Windows (SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA). A mostra constou de 70 crianças (35 meninos), 20 (28,57%) eutróficos, 48 (68,57%) com risco de sobrepeso. Em relação a DTM, 47 (67,14%) apresentavam DTM leve, porém todas as crianças no momento da avaliação estavam assintomáticas. Quanto a classificação da mastigação: preferência mastigatória à direita (PMD) n=42 (60%), mastigação bilateral alternada (MBA) 15 (21,4%), e preferência mastigatória à esquerda (PME) 13 (18,6%). A postura da cabeça não apresentou diferença estatística na comparação entre os diferentes tipos de mastigação, também não houve associação entre o tipo de mastigação e a postura de cabeça. Houve diferença significativa entre a distribuição anterior e posterior, tendo a maioria dos sujeitos, maior descarga de peso na região posterior do pé, com p de 0,023 para diferença entre os grupos e associação com p de 0,032. Na comparação entre os grupos de preferência mastigatória, houve diferença na proporção anterior/posterior entres os grupos PME e MBA. A análise eletromiográfica das musculaturas avaliadas foram estatisticamente iguais entre os grupos. Observou-se que a preferência mastigatória para um dos lados em 55 (78,57%) das crianças avaliadas, que pode ter sido influenciado por hábitos mastigatórios deletérios. Todas as crianças apresentaram anteriorização de cabeça, que pode-se inferir como uma das origens o hábito de uso de eletrônicos e mobiliário escolar inadequado para seu tamanho. Ao associar preferência mastigatória e postura de cabeça na vista lateral pôde-se observar que 60 (85,71%) apresentavam alteração nas duas, inferindo que desajustes em um dos sistemas leva a reorganização e/ou desajustes em outro sistema visando o menor gasto energético corporal. |