Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Desrosiers, Michaëlle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9581
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Resumo: |
Através desse trabalho, procuramos as raízes histórico-políticas das lutas feministas hegemônicas contemporâneas no Haiti. Isto, a partir da análise da formação social haitiana, caracterizada tanto pela sua dependência ao grande capital como pela coabitação contraditória de dois projetos políticos antagônicos: um de livre individualidade e um de dependência. Isso, no propósito de analisar o projeto político de tais lutas. Projeto este que, visto o contexto mundial de emergência dessas lutas, a saber, o da reestruturação produtiva do capital, da mundialização neoliberal, e de redemocratização da América Latina e do Caribe, não passa de ser a expressão do ideário pós-moderno da política do possível . Política operacionalizada pela advocacia, funcional à perenização da ordem do capital, consoante os ditames da Internacional Comunitária . A Internacional Comunitária que, por sua vez, operacionaliza a dominação neocolonial pacifista , idealizada no período pós-segunda guerra. Opera a partir da ideologia da modernização cujos parâmetros são o desenvolvimento e a democracia, a serem postos em obra pelas ONGs da sociedade civil na contemporaneidade. Assim, analisamos, a partir do arcabouço marxiano, as contradições entre o discurso progressista das lutas feministas hegemônicas haitianas e seu projeto político cuja centralidade se encontra na luta pela cidadania ativa e pelo respeito dos direitos das mulheres. Tais contradições cujos rebatimentos se expressam na distância das mulheres das classes populares com a Coordenação Nacional de Advocacia para os Direitos das Mulheres (CONAP) e, de modo geral, com as organizações feministas hegemônicas no Haiti. A análise crítica das principais teses pós-modernas, e do contexto histórico de surgimento das relações sociais de sexo ou do gênero com a ênfase na centralidade do trabalho na formação da sociabilidade humana, além da leitura crítica de duas grandes tendências das lutas feministas, à luz do materialismo dialético, constitui o arcabouço teórico-político dessa dissertação |