Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Bruno Leonardo Fonseca do |
Orientador(a): |
PETERS, Gabriel Moura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55274
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Resumo: |
A presente pesquisa visa analisar os sentidos que os membros da ralé brasileira atribuem às suas práticas de proteção pandêmica (qualquer forma de autocuidado na pandemia, como uso de máscaras, higienização da mão, isolamento social adequado, busca por atendimento médico quando necessário, vacinação), centralizando no debate as desigualdades sociais que residem entre as condições objetivas de vida e os condicionantes subjetivos de existência, em especial, as subjetividades que conformam o ethos de ser, se sentir e estar no mundo social. O material analítico desta pesquisa foi produzido por registros etnográficos apreendidos como observador participante, bem como através da aplicação de entrevistas sociológicas de caráter biográfico. A partir das análises aqui focadas na posição e trajetória social dos agentes, foi possível observar a existência de uma desigualdade existencial (estabelecida na baixa autoestima social e baixa dignidade social) que nos leva a compreender melhor algumas intermediações entre as baixas práticas de proteção pandêmica e a baixa valoração que alguns membros da ralé dão à própria vida. Por outro lado, a pesquisa também identificou entre os membros da ralé a existência de um capital cultural herdado enquanto patrimônio familiar que, muito embora não apresente potencialidades de se converter em capital econômico de modo significativo, ainda assim se mostra fundamental para alguns membros possuírem uma vida economicamente melhor e socialmente mais digna, principalmente em comparação com os demais vizinhos. Este capital cultural também demonstrou ser fundamental para a motivação de uma maior autocuidado com a saúde e com a vida frente às ameaças diretas do coronavírus. |