Remoção de níquel e zinco utilizando zeólita natural estibilita através do processo de troca iônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lins, Flaviany Afonso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6834
Resumo: Atualmente, um dos problemas mais graves relacionados à poluição ambiental é a contaminação da água através de efluentes industriais com concentrações de metais pesados acima do estabelecido pela Legislação vigente. Quando essa concentração excede o valor permitido, podem ocorrer vários danos à saúde dos seres vivos. Por este motivo é muito importante a utilização de processos para reduzir ou eliminar metais como mercúrio, chumbo, zinco, níquel, cromo, e outros, presentes em efluentes industriais. Dentre os vários processos existentes, o da troca iônica apresenta grande eficiência na remoção de metais presentes em baixas concentrações. 0 presente trabalho avaliou a remoção de metais pesados em soluções de zinco e níquel preparadas em laboratório, através do processo de troca iônica, utilizando-se um sistema de banho finito e tendo como material de troca, a zeólita natural Estilbita, na qual foram realizados estudos para sua caracterização. Essas soluções foram preparadas de forma a melhor representar as reais condições dos efluentes industriais contaminados com os metais em questão. De forma a se obter uma maior eficiência na remoção dos metais, foi realizado um planejamento experimental para determinar as melhores condições de trabalho, no qual verificou-se que a pH = 4,5, zeólita Estilbita pré-tratada com NaCI 2M e com granulornetria entre 100-150 mesli, foi possível remover 5 1 % de zinco e 36% de níquel. A partir desses dados foram desenvolvidos estudos cinéticos e de equilíbrio em duas etapas: monoconiponentes; e bicomponentes para avaliação cinetica da competitividade na remoção de cada um. As isotermas de equilíbrio de troca iônica forneceram constantes de equilíbrio de 9,78 mEq/L;' para o zinco e de 12,93 mEq/L?' para o níquel. Foram obtidas capacidade máximas de remoção de zinco de 0,40 mEq de Zn2+/g de zeólita e de 0,34 mEq de Ni2+/g de zeólita a pH = 4,5. Através do sistema de banho finito foram obtidos dados experimentais cinéticos, os quais confrontados com um modelo de troca iÔnica, forneceram os valores das constantes cinéticas que foram kI = 3,26 (L/mEq /I/h/l) e k /1 = 0,25 (L 2 /mEq /2 /h/') para o níquel e kI = 4,15 (L/mEq-'/Wl) e k /1 = 0,42 (C/mEq /2 / 1) para o zinco. 0 processo aplicado apresentou uma eficiência maior na remoção do zinco comparado a remoção de níquel, mostrando?se que a zeólita Estilbita é mais seletiva para o zinco. A zeólita natural Estilbita demonstrou um potencial para remover zinco e níquel em efluentes sintéticos, comprovando que ela pode ser utilizada no tratamento de efluentes industriais, visando à redução das concentrações de metais pesados