Uso da osteohistologia como um proxy para avaliação de taxas de crescimento e ontogenia em fósseis de Pepesuchus deiseae e Mariliasuchus amarali (Mesoeucrocodylia, Notosuchia)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SENA, Mariana Valéria de Araújo
Orientador(a): OLIVEIRA, Gustavo Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28100
Resumo: Pepesuchus deiseae e Mariliasuchus amarali são notossúquios do Cretáceo Superior do sudeste brasileiro. Nosso estudo interpreta a evolução do padrão de crescimento e modo de vida dessas espécies. Secções osteohistológicas foram feitas e analisadas através dos microscópios petrográfico e biológico. A costela de M. amarali (UFRPE 5311) revela as lamelas circunferenciais externas (EFS), já o úmero e o rádio mostram osso compacted coarse cancellous (CCC) na região endosteal e lamelar-zonal no córtex primário. Há a manutenção do padrão de crescimento primitivo dos arcossauros nos ossos de Mariliasuchus amarali. Ambos os metacarpos de Pepesuchus deiseae (MN 7466-V) mostram um córtex amplo, uma pequena cavidade medular e tecido remodelado com ósteons secundários. O osteodermo mostra um córtex interno formado por tecido fibrolamelar e cavidades de reabsorção pontuais. A tíbia evidencia EFS e lamelas endosteais, e o córtex apresenta tecido fibrolamelar alternando com paralelo-fibroso no córtex primário. A ocorrência de EFS só na costela propõe que o esqueleto axial alcança a maturidade sexual antes do esqueleto apendicular. Nossas análises sugerem que MN 7466-V foi uma fêmea adulta e reprodutora que já havia realizado alguns ciclos ovogenéticos. Nos metacarpos, a ocorrência do aumento da compactação óssea interna implica numa vida mais adaptada a ambiente de águas rasas. A presença de osso fibrolamelar em estágios ontogenéticos avançados indica uma característica registrada para Eusuchia, esse padrão de crescimento incomum pode estar potencialmente relacionado a hábitos semiaquáticos.