Investigação geológica e geomorfológica da origem da depressão do Abiaí na faixa costeira da Bacia Paraíba, NE do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LAVOR, Larissa Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42437
Resumo: Esta pesquisa aborda aspectos da evolução geológica e geomorfológica da Depressão do Abiaí, A história evolutiva da região revela que eventos tectônicos desenvolveram conjuntos de falhas que, por diversas vezes, se reativaram e influenciaram na reestruturação da paisagem, viabilizando o desenvolvimento de processos relacionados a fatores de dissecação, dissolução e acumulação em toda área. Essa depressão localiza-se na porção sul do litoral paraibano e apresenta uma extensão de 46 km2. No desenvolvimento desta pesquisa, a área total de estudo foi de 488,31 km2, se estendendo, no sentido oeste, até próximo da borda da bacia sedimentar Paraíba. O objetivo principal desta pesquisa é investigar os elementos constituintes da paisagem geológica e geomorfológica da área e do seu entorno, no sentido de elucidar se ela constitui uma depressão de origem cárstica classificada na literatura geomorfológica como poljé. Como metodologia, utilizaram-se levantamentos de dados, bibliográficos, cartográficos e documentais. Dessa maneira, foi possível entender a área comparando-a a outras regiões do mundo. Para coleta de dados primários, realizou-se um detalhado trabalho de campo em que se mapearam as informações e, posteriormente, aplicaram-se índices morfométricos nos principais cursos dos rios e analisaram-se dados gravimétricos, no intuito de identificar possíveis processos tectônicos recentes. Além disso, empregaram-se técnicas cartográficas para a elaboração de mapas temáticos em um Sistema de Informação Geográfica (SIG). O fato de haver um sistema de falhas geológicas perpassando os limites da depressão, associado às variações climáticas no Quaternário brasileiro, explicam as singularidades da região. Os cálculos morfométricos indicam possíveis reativações tectônicas recentes na área, responsáveis pela reestruturação da drenagem, que levou ao desenvolvimento do poljé do Abiaí. Já os dados gravimétricos permitiram identificar a existência de horsts e grábens na região, inclusive na área onde se localiza o poljé do Abiaí. Os dados adquiridos nesta pesquisa possibilitaram observar que o fato de existirem rochas calcárias na zona telogenética, solos propícios à acumulação e circulação de água (superficial e de subsuperfície), um terreno localizado em um ponto de cruzamento de falhas com fortes indícios de reativações tectônica recentes, capazes de formar horsts e grábens, e um histórico de variações climáticas durante o Quaternário, contribui com o entendimento de que a Depressão do Abiaí constitui, segundo a literatura pertinente, um poljé.