Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GOETZ, Milena Nunes Bernardes |
Orientador(a): |
BARROS, Iva Carneiro Leão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32665
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Resumo: |
Os corpos aquáticos continentais servem de abrigo para uma grande variedade de organismos, dentre eles as macrófitas aquáticas, as quais são de grande importância na estruturação e funcionamento dos ecossistemas aquáticos. Neste grupo estão incluídos vários grupos taxonômicos, dentre eles as Samambaias aquáticas, que são representadas pelas famílias Marsileaceae, Salviniaceae e pelos gêneros Ceratopteris Brongn., Acrostichum L. e Cyclosorus Link. Os ecossistemas aquáticos são influenciados pelo seu ambiente de entorno e pelas características da água, portanto, ações antrópicas como: a agricultura, urbanização, poluição, dentre outras podem descaracterizar esses ecossistemas, afetando negativamente as espécies, mas também aumentam os níveis de nitrogênio e fósforo, acelerando o processo de eutrofização e favorecendo a proliferação de espécies flutuantes (por exemplo, Salvinia Seg.). Um total de 53 ecossistemas aquáticos foi amostrado, destes 37 obtiveram registros de samambaias aquáticas e os demais foram utilizados como controle. Foram coletadas as espécies localizadas diretamente em contato com a água e em ambiente palustre, estas foram identificadas e classificadas conforme sua forma biológica, (Anfíbias, Emergentes, Flutuantes fixas e Flutuantes livres). Em cada ambiente foi mensurada a abundância de cada espécie categorizando os níveis de infestação (0 a 5) e coletadas amostras de água para a análise do Fósforo Total e Clorofila a. Os ecossistemas aquáticos foram classificados de acordo com o seu estado trófico e a área de influência de entorno classificada em Rural, Urbano ou Vegetação. Para compreender a influência dos fatores abióticos foram realizados Modelos Lineares Generalizados (GLM), Análise de Correspondência Canônica Parcial (pCCA) e análise de espécies indicadora (ISA), ambos no software R. Foram registradas nove espécies de samambaias aquáticas distribuídas em oito gêneros e três famílias, sendo Salvinia auriculata Aubl. a espécie mais freqüente (22) e também a que apresentou a maior abundância (89%). A forma biológica Anfíbia foi a mais representativa (cinco espécies) seguindo por Flutuante Livre (três). A maioria dos ambientes apresentou níveis elevados de eutrofização e Marsilea L. e Ceratopteris thalictroides (L.) Brongn. foram considerados como indicadores de ambientes Oligotrófico e Ultraoligotrófico. Os modelos gerados pelo GLM indicaram que a ocorrência e a abundância da comunidade de Samambaias aquáticas apresentaram uma relação negativa com a Clorofila a. A ocorrência de cada espécie mostrou que tanto o ambiente do entorno quanto a qualidade da água influenciam no estabelecimento destas espécies, porém esta influência esta mais fortemente relacionada com as características do entorno. No entanto, a abundância das espécies apresentou um maior número de relações e tanto o ambiente do entorno quanto as características da água apresentaram relações significantes. Desta forma, o estudo conclui que tanto a qualidade da água quanto o ambiente que circundam os ecossistemas aquáticos são influenciadores da ocorrência e abundância das espécies de Samambaias aquáticas, necessitando assim, da conservação de ambos, a fim de garantir o correto funcionamento dos ecossistemas aquáticos. |