Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Mayra Maria Oliveira de |
Orientador(a): |
QUEIROGA, Bianca Arruda Manchester de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39058
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Resumo: |
A gagueira com início na infância está entre os mais prevalentes distúrbios do desenvolvimento. Para que ocorra o diagnóstico precoce da gagueira, os profissionais da saúde e da educação devem acompanhar o desenvolvimento infantil, incluindo o desenvolvimento da comunicação. Esse acompanhamento pode ser facilitado por meio de um instrumento de rastreio. Entretanto, os instrumentos utilizados para identificação precoce da gagueira estão mais voltados para o manejo clínico de diagnóstico que de rastreamento. Assim, torna-se importante a construção e validação psicométrica de instrumentos que possibilitem o rastreio do risco para a gagueira do desenvolvimento em crianças pré-escolares, visando a sua identificação precoce. O presente estudo teve como objetivo geral investigar evidências de validade de conteúdo e sensibilidade de um instrumento de rastreio para identificação de risco para a gagueira do desenvolvimento em crianças pré-escolares. A elaboração do instrumento foi dividida em duas etapas: A Primeira etapa – teórica, contou com a revisão da literatura, a construção dos itens que compõe o instrumento e a avaliação destes itens por um comitê de juízes, composto por 10 fonoaudiólogas atuantes na área da Fluência. A Segunda etapa – empírica, consistiu na aplicação do instrumento elaborado com 30 pais/responsáveis de crianças de 2 a 5 anos e 11 meses. Para análise dos dados obtidos na primeira etapa, foi verificado o nível de concordância entre os juízes, bem como realizada uma análise da confiabilidade dos itens. Também foi realizada uma análise qualitativa das observações realizadas pelos juízes. Para a análise da segunda etapa, utilizou-se o modelo de classificação binária Weight of Evidence (WoE) e Análise de Agrupamento na sensibilidade dos itens e definição das medidas de acurácia, respectivamente. Na parte teórica, os índices IVC-I e IVC-T evidenciaram alto índice de concordância entre os juízes. Os coeficientes de alfa de Cronbach indicaram alta consistência interna entre as respostas dos juízes em 19 dos 24 itens. A análise qualitativa demonstrou a necessidade de novos ajustes que resultaram na segunda versão do instrumento. Na parte empírica, verificou-se que a média geral da duração das entrevistas foi de 17 minutos. O modelo WoE evidenciou que os itens de maior força preditiva para o risco da gagueira foram a reação social à fala, os concomitantes físicos e a compreensão da fala da criança. A Análise de Agrupamento forneceu a estratificação dos sujeitos em três zonas de risco: “Fora de Risco”, “Em atenção” e “Em Risco”, com base nos valores mínimos e máximos de cada grupo. O instrumento proposto mostrou evidências de validade baseada no conteúdo e na confiabilidade interna que permitiram, até o momento, ajustá-lo em relação ao seu construto. Além disso, o instrumento mostrou as primeiras evidências de sensibilidade e medidas de acurácia, viabilizando, assim, a identificação do risco para a gagueira do desenvolvimento em crianças pré-escolares. |