Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PAULA, Raiana Apolinário de |
Orientador(a): |
ZINGALI, Russolina Benedeta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30716
|
Resumo: |
Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que se encontram em vários organismos e se ligam reversivelmente a carboidratos e glicoconjugados. As lectinas do tipo C de animal são uma grande família de lectinas dependentes de Ca2+. Os venenos de serpentes contêm lectinas do tipo C com propriedades de se ligarem à galactose. Elas são capazes de inibir ou ativar receptores específicos de membrana de plaquetas e fatores de coagulação do sangue. Podendo promover uma grande quantidade de efeitos biológicos. O presente estudo foi realizado com o objetivo de purificar lectinas de venenos de serpentes de B. jararaca (BJL), de B. jararacussu (BJcuL) e de B. leucurus (BlL) com novo protocolo por cromatografia de afinidade em gel de guar e avaliadas a sua ação na coagulação sanguínea , agregação plaquetária e formação de coágulo de fibrina. Estas lectinas exibem homogeneidade na sua purificação apresentando um padrão com um único pico na cromatografia de fase reversa usando uma coluna C-18. A pureza e o peso molecular de 32 kDa das lectinas foram confirmados por espectrometria de massa em MALDI / TOF. Também foi realizado o sequenciamento de aminoácidos dessas proteínas para comprovar a natureza lectínica dessas proteínas. Eles têm homologia de 98% com outras lectinas tipo- C de serpentes, provando que essas lectinas pertencem à família das verdadeiras lectinas do tipo C, ligadoras de galactose e dependentes de cálcio. Estas lectinas mostraram atividade proteolítica ao substrato sintético do fibrinogênio e alteraram o tempo de coagulação no aPTT em menos de 8 segundos, exibindo pró-coagulante ou anticoagulante característico, dependendo da concentração utilizada. Não apresentou atividade de agregação plasmática rica em plaquetas, plaquetas lavadas e não inibiu a agregação plaquetária induzida por colágeno, ácido araquidônico, adrenalina e trombina. Entretanto, essas lectinas estenderam o tempo para mais que 300 segundos para a formação de coágulos de fibrina devido a atividade anticoagulante que foi confirmada para incubar as lectinas com fibrinogênio e ao avaliar o perfil eletroforético desta interação observou-se que as lectinas foram capazes de hidrolisar a cadeia alfa do fibrinogênio. Essas lectinas podem representar uma ferramenta interessante na busca pelo mecanismo de ação das lectinas de veneno de serpente na coagulação sanguínea e elas também possuem atividade fibrinolítica. |