Paradoxos da democracia e limites da representação eleitoral: como a sociedade civil pode ajudar a superá-los a partir do conceito de representação como advocacy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Francisco Araújo Maria, João
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1316
Resumo: Um dos paradoxos da democracia é o fato da igualdade política, alcançada com o sufrágio universal, não ter conduzido a profundas transformações sociais. Esse dilema democrático é sinal de um déficit de representatividade existente nas democracias. Vemos que as condições para alcançar a representatividade não podem ser reduzidas à esfera eleitoral, já que esta possui limites próprios (Manin, 1999). Neste trabalho buscamos empreender uma análise das teorias e instituições de representação política, de sociedade civil e de modelos de democracia. Partindo da tipologia de representação política sistematizada por Pitkin (1967), buscamos evidenciar o vínculo teórico entre as concepções de representação política e suas estruturas institucionais, analisadas a partir da classificação de Lijphart (2003) entre democracias majoritaristas e consociativistas. Na maioria das análises a sociedade civil é pensada sob o prisma da participação política, porém existe um número crescente de teóricos refletindo sobre o papel da representação política exercida pela sociedade civil. Nesse sentido, identificamos no conceito de representação como advocacy a base teórica mais propícia para a estruturação de instituições de representação política que buscam acolher a sociedade civil como um ator legítimo de representação política. Dessa forma, entender a sociedade civil como um ator de representação política pode ser uma condição necessária para se atingir maior representatividade nas democracias contemporâneas